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Reforma do IR ‘às calendas’, precatórios indefinidos e crise externa pautam Ibovespa

Tendência da bolsa brasil nessa quarta é acompanhar viés negativo do exterior

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Crédito: Comunitá italiana

A quarta-feira (18) do mercado de capitais verde-amarelo começa sob o espectro da maré regressiva das bolsas mundiais, reforçada pelo avanço da variante Delta da covid-19, tensões geopolíticas no Afeganistão, sem contar o desaquecimento das duas maiores economias do planeta, que tentam se recuperar da pandemia. A expectativa da hora gira em torno da divulgação às 15h (horário de Brasília), da ata da última reunião de política monetária do Federal Open Market Committee (Fomc), do Federal Reserve, o banco central ianque.

Pandemia ianque – No conteúdo do documento, destaque para os dados do setor de construção estadunidense. Igualmente no Tio Sam, foco no aumento dos casos de covid-19, cuja média diária saltou 550% – de 12 mil a 78 mil. Paralelamente, os Estados Unidos observaram queda de 1,1% nas vendas do varejo em junho, por conta de vendas de automóveis mais minguadas.

Tomada capital – Ainda no cenário externo, destaque o impacto da tomada de Kabul, capital afegã, pelo Taleban, com temores sobre migrações em massa e instabilidade regional, diante da inércia ocidental.

Na Europa, o índice Stoxx 600 – que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus – aumentou apenas 0,01%, com destaque positivo para ações dos setores de viagem e lazer.

Adiamento ‘sine die’ – Na sessão dessa terça (17), o Ibovespa fechou negativo em 1,07%, a 117.904 pontos e volume financeiro de R$ 38,2 bilhões – perda acumulada de 2,71%, em dois dias. Ao mesmo tempo, no país, continuará a pesar sobre os negócios nessa quarta (18), o adiamento (sem nova data) da votação da reforma do Imposto de Renda (IR), além do ‘imbroglio’ envolvendo o uso de precatórios – sob a forma de PEC em tramitação na Câmara dos Deputados – para fins não confessamente eleitoreiros, envolvendo o ‘programa social’ Bolsa Família, rebatizado de Auxílio Brasil, à espera do pleito.

Fatura extra – Nos bastidores, chama atenção a informação de que ‘entes federativos’, leia-se, governadores e prefeitos, estariam cobrando do Ministério da Economia uma fatura extra, a bagatela de R$ 18 bilhões pela aprovação da reforma do IR no Parlamento. O pleito financeiro teria provocado reação quase imediata, entre os primeiros escalões da pasta, formando consenso de que o “projeto já não se paga”.

Queda livre – Também influi negativamente, em especial, sobre os papéis de mineradoras e siderúrgicas, a queda livre protagonizada pelo minério de ferro, cujo preço caiu mais 1,7% nessa quarta-feira, baixando a US$ 160 a tonelada), no porto chinês de Qingdao, fator de retração da cadeia global da commodity.

Cortes severos – Negociado na Bolsa de Dalian, o contrato futuro do minério de ferro negociado apurava queda de 3%, sob alerta da BHP (BHPG34), que aponta a possibilidade de crescente de “cortes severos” da produção de aço da China este ano.

A despeito disso, as bolsas asiáticas esboçaram reação nessa quarta, em que o índice Nikkei avançou 0,59%, depois que o governo japonês decidiu prorrogar o estado de emergência em Tóquio e em outras áreas até 12 de setembro, como medida para conter nova onda pandêmica no país nipônico, de acordo com a agência de notícias local Kyodo News.

Na China, por sua vez, o índice Shanghai composto teve alta de 1,11%, enquanto o componente Shenzhen subia 0,721%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng valorizou  0,35% e o Kospi, da Coreia do Sul, crescia 0,5%.

Vale desmorona – Reflexo disso é que os papéis da Vale –  a despeito de liderar os negócios na sessão dessa última terça-feira (17), com uma participação de 12,5% – acabaram cedendo à pressão externa, fechando em baixa de 1,65%. Da ala das “vendedoras de aço”, destaque para o descenso de 5,09% das ações da Usiminas. O viés negativo é confirmado pela queda de 74 das 84 ações do Ibovespa, com pressão vendedora superando muito à de compra e   carteira teórica movimento de R$ 25,5 bilhões.

Veja os principais indicadores às 7h30 (horário de Brasília):

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), -0,3%

*S&P 500 Futuro (EUA), -0,17%

*Nasdaq Futuro (EUA), -0,05%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), -0,45%

*Dax (Alemanha), -0,18%

*CAC 40 (França), -0,37%

*FTSE MIB (Itália), -0,1%

Ásia

*Nikkei (Japão), +0,59%

*Shanghai SE (China), +1,11% (fechado)

*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,47% (fechado)

*Kospi (Coreia do Sul), +0,5% (fechado)

Commodities e bitcoin

*Petróleo WTI, +0,541%, a US$ 66,96 o barril

*Petróleo Brent, +0,72%, a US$ 69,53 o barril

*Bitcoin, -3,57%, a US$ 45.200,23

Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 3,73%, cotados a 813 iuanes, equivalente hoje a US$ 125,46 (nas últimas 24 horas). USD/CNY = 6,48.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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