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Economia

Rendimento da poupança pode acompanhar inflação, sinaliza presidente do BC

Roberto Campos Neto fala sobre possíveis mudanças na fórmula que determina o rendimento da caderneta de poupança.

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O Banco Central avalia a possibilidade de criar uma caderneta de poupança indexada ao IPCA, índice que mede a inflação do país. A declaração foi dada pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que reforçou que qualquer alteração será feita de forma gradual.

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“A gente tem estudado muito o tema da poupança, existe obviamente uma vontade de fazer mudanças na poupança”, antecipou Campos Neto.

“Concordo que em algum momento a gente deveria estar pensando em anunciar uma fórmula de poupança que fosse, primeiro, mais ‘hedgeável’ e, depois, mais casada com a destinação dos recursos. Isso é uma coisa que a gente tem olhado”, acrescentou.

Os valores depositados na poupança são corrigidos pelo equivalente a 70% da Selic (taxa de juros básica) e pela Taxa Referencial (TR), que atualmente está zerada. Em sua última decisão, o BC elevou a Selic a 7,75% ao ano, o que significa que a caderneta hoje rende 5,43% ao ano ou 0,44% ao mês.

Campos Neto afirmou que qualquer mudança nesse sentido precisa ser pensada com cuidado e realizada em fases. “A poupança tem várias conexões de direcionamento, o que faz com que a mudança seja bastante traumática. Você tem que fazer faseada, numa forma bastante lenta, porque, senão, você pode criar ruptura em ‘funding’ [crédito] e algumas coisas”.

Além disso, segundo ele, uma alteração “profunda” como essa só será possível “com consulta pública, escutando a todos, para ter certeza que a gente vai fazer uma coisa que vai beneficiar o setor financeiro”.

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