Rio Grande do Sul vê perdas no trigo por geadas, mas ainda contabiliza danos

O Rio Grande do Sul é mais um dos Estados brasileiros com perdas na produção de trigo pelas pelas geadas ocorridas no último final de semana, mas a extensão dos danos ainda vem sendo levantada. Segundo a Emater, muitas lavouras ainda não apresentam sinais dos efeitos do frio.

De acordo com os dados da Emater, aproximadamente 20% da área de 920 mil hectares de trigo está nas fases mais sensíveis aos efeitos climáticos, a emissão de espigas, floração e formação de grãos.

A agência disse que ainda é “difícil de mensurar quanto foi danificado, seja em quantidade ou qualidade”, mas diante da extensão pode-se afirmar que e várias lavouras têm apresentado quebra de produtividade.

“Nos próximos dias, os técnicos da Emater/RS continuarão a campo para acompanhar e verificar os efeitos dessas perdas nas lavouras. Perdas pontuais e localizadas ocorreram, mas ainda não foram quantificadas”, pontuou Rogério Mazzardo, gerente de Planejamento da Embater.

A forte geada trouxe prejuízos às lavouras em floração e em início do enchimento de grão da maioria das regiões, especialmente no meio-norte gaúcho.

Nos Campos de Cima da Serra, as primeiras áreas semeadas que podem ser encontradas em fase de emborrachamento e poderão apresentar grandes perdas.

“Essas perdas só poderão ser mensuradas nos próximos dias quando os danos puderem ser visualizados”, explicou Mazzardo.

O Paraná, maior produtor de trigo do Brasil, revisou na quinta-feira a produção de trigo para 3,47 milhões de toneladas após as geadas, frente a 3,68 milhões esperados antes, mas disse que esse número pode subir conforme os danos forem sendo registrados nos próximos dias.