Ronaldo Nazário também é um fenômeno como gestor

Ronaldo Nazário, popularmente conhecido como Ronaldo Fenômeno, ex-jogador de futebol e atual empresário, esteve recentemente em uma reunião com seu conselho consultivo. Nela estavam presentes o CEO do Cruzeiro Esporte Clube e toda a consultoria e diretoria Bain & Company.

Na reunião, o balanço das finanças dos passivos do Cruzeiro foi realizado. Os dados levados em consideração contam desde a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

Ronaldo foi convidado por Pedro Mesquita a assumir o clube que possui uma dívida bilionária. Na reunião, ele comentou com ironia sobre ter aceito o convite, apontando que foi uma decisão de alto risco.

O amor pelo time, sem dúvidas, pesou para que Ronaldo tomasse essa decisão, pois foi no Cruzeiro que ele começou sua renomada história no futebol. Ronaldo fez questão de que a maioria de seus parceiros e convidados fosse composta por mineiros e torcedores do Cruzeiro.

Ciente de todo trabalho que precisará encarar, Ronaldo alerta para a importância de um bom planejamento diferenciado. Afinal, além da dívida bilionária, o time está na série B.

Ronaldo disse à Forbes que a maior diferença entre o mundo empresarial e o mundo do futebol é que no primeiro não há uma final todo ano, enquanto o segundo precisa de uma década de projeção. Contudo, ele afirma que é possível se divertir nas duas áreas, e para isso basta saber lidar com a rotina e as responsabilidades.

No comitê financeiro, liderava Pedro Mesquita, chefe do banco de investimentos XP, enquanto o comitê de estratégia e ESG era liderado por Eduardo Navarro, diretor global de comunicação, marca, assuntos públicos e sustentabilidade na Telefónica Espanha.

Além desses, Denis Caldeira, conselheiro de empresas e instituições, liderava o comitê de tecnologia e Nicola Calicchio, senior advisor do Morgan Stanley, estava na presidência do conselho consultivo.

Juntos, todos tinham o mesmo foco: planejar a quitação da dívida de R$ 1,146 bilhão do clube. A expectativa é que a dívida seja paga entre 7 e 12 anos. Além disso, a captação de recursos, patrocínios e criação de um superaplicativo também foram assuntos conversados.

A torcida do clube também é um foco, visto que apenas 8 mil de 9 milhões de torcedores do Cruzeiro são sócios-torcedores.