Economia
Saiba mais sobre o dinheiro retido pelo governo em cinco países
Recentemente, o presidente Vladimir Putin ameaçou congelar os bens dos cidadãos. Mas esta ação já havia sido realizada antes em 5 países. Confira.
Atualmente, com a existência das guerras de longa escala, o autoritarismo, e principalmente as ameaças de conflito, nos fazem voltar, pelo menos, 30 anos atrás. Com o embate entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin, cogitou a possibilidade de paralisar as contas bancárias de sua população.
Há quem diga, que essa ação não é vista frequentemente, o que não se torna verdade, uma vez que antes mesmo da decisão de Putin, o primeiro-ministro do Canadá já havia ofertado essa condição.
Confira abaixo as causas do congelamento financeiro, em cinco países diferentes:
– Chipre: Em março de 2013, a população sofreu com o congelamento de seus bens em meio a crises econômicas, para tentar salvar da falência o maior banco do país, chamado Bank of Cyprus.
A decisão foi tomada a partir daqueles que continham mais de 100 mil euros em suas contas, chegando a 30% de seus bens paralisados. O valor era retirado e agregado a conta do banco.
Mesmo tendo seu dinheiro “doado”, para uma ação importante no país, muitas pessoas não concordaram e fizeram de tudo para impedir a paralisação de suas contas bancárias, como por exemplo, através do uso de bitcoins.
– Corralito: Em decorrência de uma incompetência política, os argentinos sofreram também com a paralisação de suas contas bancárias. Em uma relação confusa quanto ao uso de dólares e o peso argentino, a população se encontrou desamparada diante da situação.
Após 12 meses de congelamento, as contas bancárias voltaram a se movimentar, porém, realizando saques de apenas 250 pesos por semana.
Diante disso, a falta de recursos básicos era muito visível e acarretou ainda mais na crise do país, com enormes protestos nas ruas e saques descontrolados nas ruas ou estabelecimentos. Atualmente, a população não contém dólar em suas contas, uma vez que esse acontecimento deixou marcas culturais.
– Crise de liquidez no Líbano: Em 2019, a grande causa do congelamento dos bens financeiros da população, foi a desvalorização da moeda, acarretando a alta inflação, e no endividamento do estado.
A revolta da população, ocasionou em protestos e atingiu o governo, fazendo com que bloqueassem todo o dinheiro da população durante duas semanas. A Inflação do país foi aumentando cada vez mais, chegando a um total de 580%, obtendo a maior crise econômica já vista e sofrida pela população.
– Estados Unidos: No ano de 1933, houve se um dos maiores calotes na história da economia americana. Na época, o país conseguia fazer com que seus cidadãos guardassem tanto dólar, quanto ouro em suas casas e bancos. Ainda neste ano, o governo exigiu que a população devolvesse todo o ouro contido, e em troca, receberiam em torno de U$$ 20,67, valor equivalente a 31,1 gramas de ouro.
Diante dessa situação, o dólar se desvalorizou através da inflação, a partir do confisco direto e indireto do governo americano. Por fim, em 1975, o monopólio do ouro em residências, foi criminalizado e proibido.
– Plano Collor: Desenvolvido por Fernando Collor, foi pensado a fim de salvar a economia do Brasil, combatendo a inflação existente na época, entre 1980 e 1990.
Com a decisão do congelamento das contas bancárias, boa parte da população não tinha como se manter vivo, e acabam falecendo, ou até mesmo, se suicidando. Além disso, o plano não obteve sucesso absoluto, voltando a enfrentar uma inflação ainda mais grave que a primeira.
Vale ressaltar que o dinheiro retido, nunca foi devolvido a população, e mesmo após 30 anos do acontecimento, há ainda muitos pedidos de restituição
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