Economia
Saldo de crédito ampliado ao setor financeiro recua 0,5% em setembro
Se considerados os últimos 12 meses, porém, indicador subiu 7,1%, aponta BC
A queda de 3,9% de valor dos títulos da dívida pública foi o fator responsável pelo recuo de 0,5% do saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro que, em setembro último, atingiu R$ 15,5 trilhões ou o equivalente a 147% do PIB. Se considerados os últimos 12 meses, contados até setembro, o crédito ampliado registrou alta de 7,1%, ante avanço de 8,9%¨do mês anterior. As informações integram as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas, nesta terça-feira (7), pelo Banco Central (BC).
No que se refere ao crédito ampliado às empresas, este alcançou R$ 5,5 trilhões (51,9% do PIB) em setembro, ‘puxado’ pelo crescimento de 1,9% dos saldos dos empréstimos da dívida externa; 2,0%, dos títulos privados de dívida, 3,0%, e dos empréstimos do SFN, 1,3%. Em 12 meses, a variação de 7,2% reflete a elevação de 24,9% dos títulos de dívida.
Crédito ampliado – Já o crédito ampliado às famílias somou R$ 3,6 trilhões (34,5% do PIB) em setembro, o que correspondeu a uma expansão mensal de 0,4% e de 10,2% em doze meses (ante 1,5% e 11,4% em agosto, nas mesmas bases de comparação), sob influência do crescimento dos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Ao mesmo tempo, o saldo de operações de crédito do SFN totalizou R$ 5,6 trilhões, também em setembro, com alta de 0,8%, no comparativo mensal, em decorrência do crescimento de 1,6% na carteira de crédito para pessoas jurídicas (R$ 2,2 trilhões), e de 0,3% na carteira para pessoas físicas (R$ 3,4 trilhões). No comparativo anual, o saldo das operações de crédito do SFN cresceu 8% (9,0% em agosto), além de desaceleração, de 5% para 4,4%, de agosto para setembro, dos saldos de crédito para as empresas, e de 10,5% ante 11,8%, pelo mesmo critério, para as famílias.
Saldo de R$ 3,3 trilhões – Mediante um montante de R$ 3,3 trilhões, o saldo de operações de crédito com recursos livres apresentou altas de 0,8%, ante agosto, e de 6,0% em 12 meses. O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$ 1,4 trilhão em setembro, subindo 1,9%, no comparativo mensal, e 2,1% em 12 meses, em decorrência do avanço de 15,5% da carteira de desconto de duplicatas e outros recebíveis, devido à sazonalidade característica do período, assim como por aumentos nas carteiras de antecipação de faturas de cartão de crédito (+5,6%) e de outros créditos livres (+2,4%).
Ao contabilizar um saldo de R$ 1,9 trilhão, igualmente em setembro, o crédito com recursos livres às pessoas físicas registrou estabilidade, em relação a agosto, mas expansão de 9,2%, no comparativo anual. Tal desempenho foi impulsionado pela elevação em financiamentos para aquisição de veículos (+1,1%), crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,2%) e crédito consignado para trabalhadores do setor público (+0,5%) e, em sentido contrário, da redução no cartão de crédito total (-1,6%).
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