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Finanças

Se eu tivesse comprado ações da Apple ao invés do 1º iPhone, quanto de dinheiro eu teria?

Três estórias fictícias ilustram como é possível (ou não) conciliar ‘tempo e dinheiro’

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iPhone 1

Diz a máxima na Inglaterra – pátria do capitalismo – que tempo é dinheiro (time is money). Ambos estão intimamente ligados, daí a importância de saber fazer bom uso do dinheiro, mas também do tempo, leia-se, aproveitar oportunidades.

Um exemplo clássico desta verdade pode ser dado por três personagens fictícios (mas não menos verossímeis), que tomaram decisões diferentes e selaram seus destinos, igualmente distintos, mas tendo como foco comum, um dos maiores ícones do mercado de consumo, o cobiçado iPhone 1.

Para facilitar a narrativa, vamos chamar nossos protagonistas por nomes aleatórios. Em comum, todos dispunham dos mesmos US$ 499.

iPhone 1

Comprando Ações da Apple

Confiante em sua capacidade de investimento e no mercado de capitais, Pedro só precisava de uma oportunidade para provar a si mesmo que poderia fazer render seus ‘suados trocados’.

Ao se deparar com a ‘maravilha da tecnologia’, em sua primeira versão, nos idos de 2007 (quando, de fato, o icônico celular passou a estar disponível no mercado), Pedro pensou bem e, depois de refletir por um bom tempo, ao invés de gastar os US$ 499 na novidade desejada por qualquer mortal, decidiu aplicar todo o dinheiro em ações da fabricante, a lendária Apple, seguro de que havia feito o melhor negócio.

Afinal, em lugar de consumir e ficar ‘sem um tostão’, melhor seria aguardar pela rentabilidade que só o tempo lhe garantiria. Passados 16 anos, os US$ 499 iniciais saltaram para US$ 26 mil e Pedro continuou acreditando que fez a opção mais acertada.

  • Pedro comprou 150 ações da Apple com os 499 dólares
  • Hoje as 150 ações da apple de Pedro valem 26 mil dólares

Comprando o iPhone e usando

Ricardo, nosso segundo personagem, entende que investimento não é para ele. Logo que viu o iPhone, tinha a certeza do que queria. Consumiu todos os US$ 499 para garantir a ‘belezinha tecnológica’ e levá-la para casa. Sem maiores preocupações ou investimentos, Ricardo, quase duas décadas depois, hoje lembra com saudade do dia que adquiriu o aparelho, agora conservado com carinho em alguma gaveta, pois ficou ultrapassado pela tecnologia que o concebeu um dia.

  • Ricardo comprou o iPhone por 499 dólares e usou até estragar
  • Hoje o iPhone de Ricardo vale poucos centavos

Comprando o iPhone e guardando sem usar

Rompendo com os previsíveis casos relatados até aqui, Armando é um sujeito que soube conciliar, de forma precisa, o emprego do dinheiro com o tempo. Nem usou, nem aplicou, mas manteve intacto seu querido iPhone 1, quando pensou: ”Não vou usar, mas esperar pelo melhor momento de ‘fazer negócio’ com essa ‘jóia da tecnologia’”.

Atento à sabedoria que só o tempo confere aqueles que procuram, atentamente, aprender com ele, Armando percebeu, decorridos os mesmos 16 anos, que chegara a hora de justificar o investimento da compra. Pôs seu amado iPhone em leilão, faturando a incrível soma de US$ 39 mil, ao vendê-lo a um satisfeito colecionador. Com a ‘bagatela’, Armando obteve a justa recompensa por ‘saber esperar’, além de poder comprar hoje muitos iPhones, igualmente novinhos em folha como o modelo original, mas muito mais avançados tecnologicamente.

  • Armando comprou o iPhone por 499 dólares e guardou o aparalho intacto
  • Hoje Armando hoje tem 39 mil dólares

Na vida real, em 16 de outubro do ano passado, o último exemplar do iPhone foi arrematado, após 28 lances e preço inicial de US$ 2.500, por exatos US$ 39.339, um valor 80 vezes superior aos US$ 499 fixados originalmente, quando este começou a ser vendido, em 2007.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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