Automobilística

Sedãs de luxo mais vendidos em agosto: BMW Série 3 detém 80% do mercado

Veja os 7 sedãs médios e os 7 sedãs grandes de luxo mais populares nas vendas até o final de agosto. As vendas caíram, mas os lucros continuam altos.

Publicado

19/09/2021 às 08:23

Por

Gabriela Stahler

Os sedãs médios de luxo fecharam o mês de agosto com queda nas vendas. Na comparação com o mesmo mês de 2020, o volume deste ano foi 2,3% inferior. Porém, diferente do que parece, o lucro das montadoras não parece ter caído na mesma proporção. Ao contrário, algumas estão lucrando ainda mais.

Para desânimo de muitos compradores, alguns fabricantes de carros disseram que os preços permanecerão altos. No caso, a BMW e a Daimler decidiram manter a produção de veículos de luxo reduzida. Mesmo após a pandemia, a produção se manterá como está. A decisão acaba impactando no aumento do valor desses veículos.

Pronunciamentos

O líder de finanças da Daimler, Harald Wilhelm, disse que a empresa está conscientemente “fornecendo abaixo dos níveis de demanda atuais”. Por outro lado, a montadora dará mais atenção “aos topos de linha, aos veículos de luxo”.

Enquanto isso, Nicolas Peter, diretor financeiro da BMW, afirmou que a marca manterá a produção e o preço como estão. “Notamos um aumento significativo do poder de venda nos últimos 24 meses”, disse.

Efeito em cadeia

O problema dos recentes anúncios é o efeito que podem causar nas demais fabricantes. Isso porque, o setor de automóveis notou que lucra-se mais ao produzir menos.

De acordo com especialistas, cada 1% a menos de desconto, pode gerar US$ 20 bilhões de lucro. A comparação se aplica ao mercado de modo geral e foi percebida com clareza na pandemia.

Diferentemente do que se imagina, a crise nas fábricas foi uma amostra do lucro que estava sendo perdido. Os consumidores continuaram a investir dinheiro em carros cada vez mais caros.

A partir dessa visão, o risco é que as demais montadoras pelo mundo aceitem os preços altos. Além disso, ao diminuir a produção em fábricas, o desemprego também pode ser agravado.