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Economia

Selic acima de 7% é possibilidade com alta da inflação no país

Inflação acelerada pode levar a taxa básica de juros dos atuais 4,25% para mais de 7% até o fim deste ano.

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O Brasil já foi conhecido por ter os juros mais altos do mundo, com a nível tendo chegado a 14% em 2016. A taxa básica de juros do país, que em fevereiro do ano passado era de 2%, está atualmente em 4,25%. O Banco Central voltou a elevar a Selic no início de 2021, tendência que deve continuar nos próximos meses.

Na prévia da inflação de julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,7%, acumulando alta de 8,6% em 12 meses e alcançando o maior patamar já registrado para o mês em 17 anos.

Leia mais: Com alta da taxa Selic a 7%: Quais são os impactos nos investimentos?

O resultado deve causar reajustes na taxa, que pode começar a subir 1 ponto de cada vez, e não mais 0,75 ponto como o BC vem fazendo até aqui.

“Às vezes há uma surpresa inflacionária, mas é possível identificar o principal componente responsável, como energia elétrica ou passagens aéreas. Não foi o caso. A inflação está subindo de maneira generalizada”, disse à CNN economista-chefe do banco BNP Paribas no Brasil, Gustavo Arruda.

Segundo as previsões do BNP, o IPCA deve terminar o ano em 7%, enquanto a Selic deve fechar em 7,5%. Ainda de acordo com o banco, os juros seguirão subindo em 2022 até chegarem a 8,5%.

Decisões

Na próxima quarta-feira, 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reune para decidir sobre um novo aumento na Selic. Caso a alta seja fixada em 1 ponto, a taxa básica de juros passará a 5,25% a partir da próxima semana.

Os juros mais altos são uma ferramenta para desacelerar o aumento nos preços e aliviar o valor do dólar, que pode atingir os R$ 4 nos próximos meses. Em contrapartida, eles freiam o crescimento econômico, essencial para a recuperação de um país afetado pela crise.

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