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Commodities

Soja: embarques fluem com prêmios negativos e altas das cotações podem melhorar preços em reais

Fica a expectativa de que os ganhos em reais devem aumentar se persistirem as altas em Chicago.

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Os seguidos reforços dos preços da soja em Chicago, acompanhados também do farelo e óleo, com a ajuda do ambiente satisfatório para as commodities com a maior fluidez de recursos diante da acomodação dos juros nos Estados Unidos, poderá acabar reforçando os preços em reais para o produtor brasileiro.

Nesta parte da manhã se sexta, as cotações futuras mais negociadas avançam forte novamente. Mais 1,25% no vencimento julho, já a US$ 14,45.

Mesmo com prêmios negativos nos portos – até 130 pontos no julho, na semana passada -, o Brasil está embarcando bem, complementa o analista Vlamir Brandalizze.

Antes de entrar no radar as questões climáticas adversas no plantio americano, praticamente finalizado, responsáveis pelas expressivas altas dos últimos dias, o exportador estava participante.

Mesmo sob pressão da grande oferta esperada nos Estados Unidos, que derrubava a cotação em combinação com a safra cheia brasileira, os negócios fluíam. A Anec prevê embarques no intervalo de 12 a 14 milhões de toneladas em junho, sobre as 9,8 milhões de junho 22.

As condições para segurar a soja não mudariam, se previa, inclusive porque o prêmio em baixa poderia piorar. Via logística congestionada nos terminais portuários, o Brasil tem que escoar a oleaginosa, antes que o gargalo piore a partir de julho e agosto, quando entrar o grosso do milho safrinha, explica Brandalizze.

Até que as informações sobre a falta de chuva e tempo mais quente nos EUA viraram a biruta dos preços. A produtividade pode ser cada vez mais comprometida e aparar a projeção esperada de 122 milhões de toneladas, conforme o último informe do USDA.

Há o fator cambial, com a nova onda de recuo do dólar no mercado doméstico. Mas os importadores, que gastam mais na troca por reais, estão presentes porque a soja brasileira está ainda barata.

 

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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