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Economia

S&P Global diz que vacina em breve pode limitar danos aos ratings

Só neste ano, a S&P realizou mais de dois mil rebaixamentos ou revisões de perspectiva.

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A S&P Global afirmou nesta sexta-feira que vacina a curto prazo contra o coronavírus poderia limitar alguns dos prejuízos que os ratings de créditos de países e empresas enfrentam, embora mais avanço seja necessário antes do corte dos níveis de alerta de rebaixamento.

Em 2020, com a pandemia, a S&P realizou mais de dois mil rebaixamentos ou revisões de perspectiva, e ainda tem visões negativas em um terço das 4.400 empresas, países e bancos.

“Obviamente, são boas notícias”, disse a chefe global de pesquisa da S&P, Alexandra Dimitrijevic, em referência ao progresso desta semana na vacina da Pfizer e de sua parceira alemã BioNTech.

“Achamos que isso provavelmente aumenta a chance de que pode haver ampla disponibilidade de uma vacina mais cedo. Mas ainda achamos que há muitas incertezas e desafios”, acrescentou Dimitrijevic.

A produção e distribuição em massa, entre outros desafios, significam que é muito cedo para fazer qualquer mudança de classificação ou estimativa econômica.

Em setembro, as projeções mais recentes da S&P consideravam que uma vacina estaria disponibilizada, de forma ampla, em meados de 2021 e levaria a uma recuperação de 5,3% no crescimento global no ano que vem. Mas a acelerada disseminação do vírus desde então obrigou cada vez mais países a retomarem medidas de lockdown.

“Pode haver alguma revisão para baixo das previsões do quarto trimestre e potencialmente do primeiro trimestre caso a segunda onda persista”, disse o economista sênior Marion Amiot, da S&P. Contudo, o resto do ano de 2021 pode ser revisado para cima se a vacina vier de forma rápida.

Dimitrijevic tamém afirmou, sob perspectiva dos ratings, que “se a situação se normalizar mais cedo… isso pode nos permitir estabilizar algumas dessas perspectivas (negativas) mais cedo, e permitir alguns créditos na extremidade inferior do espectro para evitar uma deterioração adicional na qualidade de crédito”.

“Mas tomaremos qualquer decisão em uma abordagem empresa por empresa e alguns setores e regiões ainda podem sofrer pressão de crédito significativa até que a situação se normalize totalmente, o que pode levar até 2022 ou mais tarde para alguns”, acrescentou.

 

Os setores que provavelmente permanecerão sob maior pressão incluem imóveis comerciais e transporte público de massa, à medida que as pessoas permanecem trabalhando em casa. As companhias aéreas, que dependem de viagens de negócios e alguns segmentos do setor de lazer, provavelmente também terão problemas.

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