Tabela Price ou SAC: qual é melhor opção no financiamento imobiliário?

No financiamento da casa própria é necessário optar por um sistema de pagamento, o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price) ou o Sistema de Amortização Constante (SAC). Ambos são modos de amortização a longo prazo, pagos ao banco ou construtora no fechamento de contrato. 

“São dois cálculos distintos que determinam de que forma o comprador do imóvel irá pagar [amortizar] o empréstimo que ele fez para este fim. Nestes dois sistemas, será definido o valor da parcela mensal a ser paga”, explica o planejador financeiro pela Planejar, José Masini. Além disso, como destaca o advogado especializado em relações de consumo e sócio do escritório Vainer & Villela Advogados, Bruno Zilberman Vainer, tanto o SAC quanto a tabela Price vão diminuindo o saldo devedor, parcela a parcela, para que fique menor e com taxa de juros mais baixa.

A diferença entre os sistemas de pagamento consiste na forma e agilidade de amortização. O SAC possui parcelas mais altas no começo, que vão reduzindo no final, pois existe a amortização mensal do valor financiado. Já na tabela Price, as parcelas iniciam menores, mas são fixas ao longo de todo o financiamento. 

No entanto, como lembra Masini, a melhor opção depende da realidade financeira do comprador. Para isso, ele precisa considerar o fator de correção, a Taxa Referencial (TR) ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que seja mais econômico na contratação do financiamento. Por outro lado, Vainer alega que, quando se opta por financiamento, a melhor opção é aquela com menor prazo, tendo, assim, menos juros. 

Ainda segundo Vainer, se o comprador desembolsar uma prestação mais alta no início, será mais benéfico. “O sistema SAC (Sistema de Amortização Constante) é preferível à tabela Price porque representa uma economia de cerca de 10%, em média. A vantagem da tabela Price é que a parcela inicial é, normalmente, bem menor. No entanto, pelo SAC, apesar de as parcelas serem maiores no começo, há uma amortização maior da dívida, que leva a uma economia significativa no final”, afirma.