Investimentos
Taxa de juros volta a subir, mas poupança continua em baixa; Onde investir melhor?
Existem opções interessantes
A poupança continua perdendo atratividade entre os correntistas brasileiros, e muitos estão à caça de aplicações ainda conservadoras, mas com rentabilidade maior.
Eles buscam opção que dê retorno acima da inflação para, com isso, verem seu dinheiro render, coisa que a poupança está longe de fazer.
Entretanto, o mais próximo disso que visam está na renda fixa que, na prática, não é realmente fixa, visto que costuma estar atrelada a títulos e certificados que oscilam no dia, mês e ano.
Dados da consultoria Economatica mostram que a inflação rende, em média, -4,16% no acumulado de 12 meses quando descontada a inflação.
Para se ter ideia do que isso significa, pense em R$ 100 parados na poupança e que no prazo de um ano estará -4,16% menor.
Um dos veículos de investimento mais apresentado a esse novo contingente de investidores que tentam fugir da poupança é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Poupança: alternativas
Porém, ele também foi afetado pela baixa dos juris e apresentou retorno real negativo, de -3,65%, no mesmo período.
Com isso, somente o Ibovespa apresentou ganho real de 50,55%. O euro, em relação ao real, e o ouro conseguiram rentabilidade real de 10,14% e 10%, respectivamente.
Por mais que os juros tenham retomado a trajetória de alta recentemente, o cenário de 2021 ano ainda é similar ao do ano passado: há poucas opções rentáveis nas aplicações mais conservadoras, ou seja, com menos risco de perdas.
Especialistas, todavia, explicam que é possível montar um portfólio para esse perfil de investidor, diversificando as aplicações com alternativas um pouco mais arriscadas. A dica é dosar os riscos.
Considerando o Tesouro Direto, a recomendação da economista vai para títulos pré-fixados e indexados à inflação, a exemplo do Tesouro IPCA+ 2026, que está com uma rentabilidade anual de 3,66%, além da inflação, e investimento mínimo de R$ 57,98.
Investidor
Neste caso, o investidor precisa ficar atento ao prazo de vencimento (15 de agosto de 2026), pois, ainda que possa vender a qualquer momento, há o risco de o título estar valendo menos do que na aquisição e a venda antecipada poderá resultar em algum prejuízo.
Outro bastante recomendado são os títulos do Tesouro indexados à inflação, cujos prazos podem ser mais curtos, inferiores a três anos – em torno de 2024 e 2025.
Já aqueles que não podem se comprometer com um prazo de cinco anos, há outras opções com prazos mais curtos na renda fixa e na esfera privada, alguns até com isenção de Imposto de Renda (IR), como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).
É possível encontrar alternativas de até dois anos, pagando quase 8% ao ano – valor próximo do Tesouro IPCA + de cinco anos (2026).
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