Trombose não é destino: saiba como prevenir e tratar com conselhos da Ebserh

A trombose é uma patologia associada a dores que aparecem de surpresa e são bastante intensas. Essa dor é geralmente sentida em algum membro específico do corpo e costuma vir acompanhada de inchaços intensos na região afetada.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Cardiovascular, estima-se que 113 pacientes internam-se diariamente no Sistema Único de Saúde (SUS) devido a essa enfermidade. Assim, o tema ganhou tanta importância que foi instituído o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, que ocorre em 16/09.

Entendendo a doença e o seu tratamento

De acordo com Glauco Melo, cirurgião vascular que atua no Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), pertencente ao Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), estamos falando de uma doença que deve ser levada muito a sério.

O profissional explica que a chamada “trombose venosa” trata-se da formação de coágulos nas veias que fazem parte do sistema venoso profundo. As obstruções interferem na circulação sanguínea da área afetada, e esse problema pode ter até três causas conhecidas.

A primeira se deve a um processo denominado “estase venosa”, que ocorre quando o paciente permanece imóvel por longos períodos, contribuindo para a diminuição do fluxo sanguíneo em certas áreas do corpo. Isso geralmente ocorre, em especial, com indivíduos acamados ou com mobilidade reduzida.

Frequentemente, o problema pode ser decorrente de lesão direta nas veias e, por último, de um estado de hipercoagulabilidade ocasionado por algumas circunstâncias distintas presentes no sangue da pessoa, geradas por condições como câncer, gravidez ou alterações de caráter genético.

O médico ainda revela que é muito mais comum perceber a ocorrência de trombose nas partes inferiores do corpo, muito devido à força exercida pela própria gravidade ao nosso redor. Entretanto, seu aparecimento pode ocorrer em qualquer local.

Portanto, ao perceber qualquer anormalidade, é de suma importância buscar ajuda especializada. Afinal, somente um profissional devidamente habilitado poderá fazer uma avaliação detalhada e indicar os exames adequados e o melhor tratamento.

Este, por sua vez, é realizado com o uso de remédios anticoagulantes ingeridos via oral ou injetáveis. O tipo de prescrição pode variar de um caso para outro. O objetivo da medicação é evitar que os sintomas aumentem e que a patologia migre para outros lugares, podendo causar até mesmo uma embolia pulmonar, caso atinja os pulmões.