Vale ou não vale a pena comprar um apartamento na planta? Descubra!

Ter a casa própria é um sonho de muitos brasileiros, que começou a concretizar-se nos anos de 2003 a 2010, devido às políticas de crédito e de assistência às populações de baixa renda. Nesse sentido, com a oportunidade de acesso à compra desses bens, surgem dúvidas sobre como comprar o apartamento: na planta ou pronto?

Leia mais: Caixa reajusta taxa de financiamento imobiliário para 8,7% ao ano

Quando a compra trata-se de um imóvel na planta, o comprador ajuda com os custos da construção. Nessa etapa, os valores são referentes ao Índice Nacional de Custo da Construção, uma taxa calculada com base na mão de obra e o custo dos materiais. Todavia, podemos fazer o seguinte questionamento: Comprar na planta sai mais caro ou mais barato? Afinal, para grande parte da população, o valor importa muito.

De fato, não há uma regra ou “uma conta padrão a fazer”, conforme afirma Débora Seabra, economista do Grupo ZAP. Vinicius Pina Urbani, gerente da consultoria financeira W1, relata que pode ser mais barato ou mais caro, isso depende da quantia paga na entrada do imóvel e o tempo do financiamento (relativos aos juros bancários). Ainda em consonância com sua afirmação, é possível encontrar apartamentos com menos de 10 anos a valores mais baixos dos que encontram-se no mercado imobiliário, em tempos de crise, isso pode ocorrer. Também é possível encontrar imóveis que o proprietário vê-se incapaz de pagar as parcelas restantes e, consequentemente, acaba vendendo-o a um preço quase simbólico, ressalta Urbani.

Também é importante atentar-se ao fato de que há sempre o risco de não receber o imóvel. Conforme afirma o advogado Marcelo Tadai, especialista em direito imobiliário, “na prática, você ainda não está comprando nada, ainda não existe um bem. Você adianta o valor para a empreiteira construir e, só quando estiver pronto, é que você faz o contrato de compra e venda efetivo“. O advogado também ressalta que, embora o contrato diga que é preciso entregar e a lei manda cumpri-lo, se a imobiliária encontra-se em estado de falência e dívidas, de quem será cobrado esse valor? Desse modo, recomenda fortemente pesquisar o histórico da construtora antes de fechar o contrato visto que essas desventuras podem ocorrer.

Caso a obra não seja entregue, o comprador deve saber que a construtora é responsável por todos os eventuais prejuízos ocasionados durante a execução da empreitada, isso também serve para os casos que atrasam a entrega da obra: o consumidor deve fazer uma reclamação no Procon.

Portanto, existem vantagens e desvantagens em relação à compra de um imóvel na planta. As vantagens resumem-se a: valorização, mesmo que não há garantias desse processo, é bem possível por tratar-se de um imóvel; a possibilidade de modelar seu apartamento, mudando azulejos, pias, revestimento e até portas; você pode negociar melhores condições de preço e de pagamento, podendo escolher pagar pelo andar, pela vista e etc; e a entrada parcelada, já que esse valor é pago no ato e, ao tratar-se desse processo na planta, paga-se, aproximadamente, 20%/30% desse valor dividido pelo tempo de construção.

Já as desvantagens são: alta nos valores devido aos reajustes que podem ocorrer; um tempo relativamente extenso a pagar-se, entre 12 a 30 anos depois da entrega; a diferença de escala nas maquetes, visto que isso pode interferir diretamente no tamanho original do apartamento; e o risco de não receber devido à falência da construtora, embora o contrato preveja a entrega, no âmbito judicial, esse processo pode levar anos. Então, através dessas informações, o que você acha?