Economia
Varejo recua em mês de Black Friday, analisa Genial
Setor está amassado.
O varejo recuou em mês de Black Friday, conforme analise da Genial Investimentos.
De acordo com a gestora, em novembro o volume de vendas no setor varejista recuou 0,6% ante outubro, vindo pior que o consenso de mercado que aguardava por uma contração de 0,3% no mesma mês.
Além disso, elencou, o IBGE revisou a leitura de outubro, que passou de alta de 0,3% m/m para 0,4% m/m, puxada principalmente pelas revisões nas vendas de Combustíveis e Lubrificantes; e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria. Na comparação interanual, o volume de vendas no varejo se expandiu 1,5% a/a.
“Desse modo, o setor varejista se encontra 2,6% acima do patamar pré-Covid e 3,6% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020. Em 2022 o setor acumula um crescimento de 1,1% e em 12 meses apresentou uma alta de 0,6%. Diante disso, o carrego estatístico para o quarto trimestre do ano é de 0,7% e para 2022, de 1,4%”, destacou.
Black Friday: setor de varejo
Ainda de acordo com a Genial, no que se refere ao varejo restrito, seis das oito atividades analisadas apresentaram taxas negativas na passagem de outubro para novembro.
Os destaques vão para as vendas de Combustíveis e Lubrificantes (-5,4% m/m), impactadas pela alta dos preços dos combustíveis após meses de deflação (efeito das desonerações tributárias); e Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação (-3,4% m/m), prejudicadas pelo desempenho mais fraco da Black Friday. Além disso, baixas também puderam ser observadas nas vendas de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,7% m/m); Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,8% m/m); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-0,3% m/m); e Hiper e Supermercados (-0,2% m/m). Em contrapartida, altas foram observadas nos grupos de Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria (1,7% m/m), beneficiados pelas vendas nas perfumarias diante dos descontos oferecidos durante a Black Friday; e Móveis e Eletrodomésticos (2,2% m/m).
Já em relação às vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças e Material de Construção), o recuo foi de 0,6% m/m. Entretanto, tanto as vendas de Veículos, Motos, Partes e Peças (0,4% m/m) quanto de Material de Construção (3,0% m/m) apresentaram resultados positivos no mês.
“Com este resultado, embora as vendas de materiais de construção tenham apresentado uma alta significativa no mês, esta não reverte a trajetória de desaceleração (sete quedas consecutivas nos meses imediatamente anteriores), em linha com uma trajetória de normalização do segmento, haja vista a forte expansão que o setor apresentou após o início da pandemia, beneficiado por uma taxa de juros historicamente baixa e dos impulsos fiscais durante a pandemia. Com este resultado, o varejo ampliado ainda se encontra 1,6% abaixo do nível pré-pandemia e deixa um carrego estatístico de 0,6% para o quarto trimestre e de -0,5% para 2022. Na comparação interanual, o varejo ampliado recuou 1,4% a/a”, ressaltou.
Novembro de 2022
Conforme a corretora, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o resultado aponta para uma expansão de 2,5% a/a, o quarto mês consecutivo de alta. Os destaques vão para Combustíveis e Lubrificantes (27,3% a/a); Artigos Farmacêuticos e de Perfumaria (6,5% a/a); Móveis e Eletrodomésticos (3,0% a/a); e Hiper e Supermercados (2,7% a/a). No âmbito do varejo ampliado, ambas as atividades recuaram: Veículos, Motos, Partes e Peças (-5,5% a/a) e Material de Construção (-10,9% a/a).
“Nossa avaliação é que após dois meses consecutivos de alta, o setor varejista voltou a apresentar um resultado negativo, em linha com o cenário macroeconômico adverso que deve continuar penalizando a atividade nos próximos meses. Nesse contexto, acreditamos que o encarecimento do custo do crédito, a política monetária contracionista e a elevação do nível de inadimplência devem compensar os vetores positivos advindos da recuperação do mercado de trabalho, queda da inflação e das políticas de impulso à demanda aprovadas pelo governo. Dessa forma, acreditamos que o varejo continue apresentando um desempenho próximo à estabilidade nas próximas leituras, devido à ancoragem do subgrupo de Hipermercados e Supermercados, que representa cerca de 50% do setor varejista, e deve ser beneficiado pelas medidas de impulso à demanda e pela sazonalidade das festas de fim de ano. Esta avaliação é reforçada pela evidência obtida nos números de novembro que apontaram para vendas mais fracas durante a Black Friday, que refletem o pessimismo do consumidor diante das incertezas econômicas atuais e a perspectiva negativa para os próximos meses. Para o mês de dezembro, os indicadores antecedentes divulgados apontam para estabilidade do setor no período”, frisou.

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