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Tecnologia

Veja o que pensam os brasileiros que já usaram o ChatGPT

Pesquisa avaliou a opinião das pessoas sobre inteligência artificial e descobriu os motivos que as levaram a experimentar a nova tecnologia.

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O termo inteligência artificial ganhou as manchetes dos veículos de comunicação, nas últimas semanas, desde que foi anunciado o chatbot ChatGPT, sistema conversacional capaz de gerar conteúdos criado pela OpenAI.

O número de pessoas que utilizam a nova ferramenta aumenta a cada dia, o que abriu os olhos do mercado e atraiu, inclusive, uma nova rodada de investimentos (em torno de US$ 10 bilhões) por parte da Microsoft.

Por mais que o termo IA não seja um conceito novo e esse modelo de tecnologia já vem sendo desenvolvido há um tempo, o assunto entrou na pauta desde que a novidade tornou-se prática e, sobretudo, gratuita.

Levantamento de consumo

A Hibou Monitoramento de Mercado e Consumo fez um levantamento, a pedido da MMA Latam, que é uma entidade de marketing e inovação.

A empresa ouviu 1.765 pessoas de várias regiões do Brasil e diferentes classes sociais sobre o tema inteligência artificial.

Os resultados mostram que 87% dos brasileiros já ouviram falar da tecnologia, 54% acreditam que IA está mudando algo em suas vidas e 78% acham que a tecnologia pode roubar o emprego das pessoas.

Baixa rejeição

Apesar das suspeitas, a pesquisa evidenciou que a resistência contra o uso de IA é baixa no Brasil, independente do segmento profissional ou social. Ela fica entre 10% e 20%.

As grandes exceções são as áreas de Medicina, Engenharia e Direito. Apesar de serem três das mais fortemente beneficiadas pelo uso de inteligência artificial, essas profissões ainda são marcadas por longo histórico de autoridade junto a uma população que ainda é reticente em abrir mão disso.

O mesmo ocorre no caso de conduções de veículos de carga e passeio. O motivo, óbvio, não é diferente: vem da desconfiança de trocar a ação humana, tão habituada a essa tarefa, por uma ação robótica.

Preocupação com empregos

Apesar da resistência baixa, o avanço da inteligência artificial preocupa sob a perspectiva dos empregos. O estudo mostra que 51% dos entrevistados acreditam que leis terão de ser feitas para limitar o uso de IA.

Outros 45% exigem operadores humanos para o uso da tecnologia e 16% acreditam que IA jamais será capaz de substituir o trabalho e as habilidades de seres humanos.

Popularidade

Dos 1.765 entrevistados pela Hibou, apenas 6% já tinham feito uso do ChatGPT. Desse grupo, 48% fizeram para tirar dúvidas, 33% para fazer buscas, 21% para traduzir textos, 19% para correção de textos, 8% para corrigir códigos de computadores, 5% para escrever e-mails e 54% apenas por curiosidade.

A pesquisa perguntou, ainda, se eles continuarão utilizando a ferramenta. O resultado mostra que 7% vão seguir contando com o ChatGPT mesmo que ele passe a cobrar e outros 27% só seguirão no uso se continuar gratuito. Para os demais casos, 51% disseram que só usarão em caso de necessidade e 8% responderam não.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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