Vendas no varejo nos EUA ganham ritmo em setembro e ficam acima do esperado

As vendas no varejo dos Estados Unidos dispararam mais do que o previsto em setembro, solidificando um trimestre firme da atividade, apesar das preocupações sobre a retomada econômica em meio ao fim da ajuda governamental e a uma nova onda de Covid-19.

A alta nas vendas no varejo foi de 1,9% no mês passado, após avanço não revisado de 0,6% em agosto, segundo dados do Departamento de Comércio divulgados nesta sexta-feira. A expectativa de analistas consultados pela Reuters era de salto de 0,7% em setembro.

A atividade mostrou uma recuperação a níveis acima dos de fevereiro, com a pandemia elevando a demanda por bens que complementam a vida em casa, como carros, móveis e eletrônicos.

Com excessão de automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas tiveram alta de 1,4% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,3% em agosto. As vendas de varejo básicas, como são chamadas, respondem mais profundamente ao componente de gastos do consumidor no produto interno bruto. A previsão era de recuo de 0,1% em agosto.

As vendas no varejo foram alavancadas pelo estímulo fiscal, especialmente por um subsídio semanal pago a dezenas de milhões de desempregados, que impulsionou o crescimento dos gastos do consumidor e a economia ao maior patamar já registrado no terceiro trimestre.

De julho a setembro, estima-se crescimento de 35,2% na taxa anualizada. No segundo semestre, a economia despencou 31,4%, nível mais baixo da série histórica iniciada em 1947.

Por outro lado, parece que a fonte secou, uma vez que na véspera o governo norte-americano informou que os novos pedidos de seguro-desemprego saltaram para um pico em dois meses na semana passada. Enquanto isso, Casa Branca e o Congresso seguem negociando um pacote de estímulos para auxiliar empresas e desempregados, mas sem chegar a um acordo.