Xolo: a raça de cachorro mais antiga das Américas e suas curiosidades

O xolo, como é conhecido, ou xoloitzcuintle, é um cachorro sem pelos com uma história milenar. Originário da Mesoamérica, ele é considerado o primeiro cão das américas. Confira, a seguir, 4 curiosidades incríveis sobre a raça.

4 curiosidades sobre o xolo

Os maias cultuavam o xolo como um deus

Como ele era relacionado ao deus Xolotl, ligado à morte e à escuridão, os maias tinham uma profunda devoção pelo Xolo. Esse era um dos deuses mais poderosos da cultura, já que se acreditava que sua função era conduzir as almas dos mortos pelo submundo.

Para aquele povo, os xolos conseguiam ver os espíritos dos falecidos e proteger seus donos de grandes perigos. Por essa razão, essa raça quase foi extinta durante a colonização espanhola, que via o cão como um símbolo pagão.

O cão foi citado por Cristóvão Colombo

Cristóvão Colombo mencionou, em uma carta enviada à Espanha no século XVI, um cão pelado que vivia entre os astecas. O navegador relatou estar surpreso com a maneira que o cachorro era tratado.

Isso porque o xolo costumava ser sempre acariciado pela população e até mesmo dormia com eles. Além disso, aquelas pessoas faziam questão de serem enterradas perto de seus cachorros, pois se acreditava que eles guiariam suas almas no além.

No filme ‘Viva – A Vida é uma Festa’, há um Xolo

Se você já assistiu à emocionante animação, vai se lembrar do icônico cãozinho chamado Dante. Pois bem, ele é um xolo. A aparição da raça fica ainda mais interessante ao levar em consideração que o animal consegue transitar pelo mundo dos vivos e dos mortos, fortalecendo os relatos antigos.

Eles serviam de comida

Surpreendentemente, os xolos também serviam de alimento para os antigos. Apesar do respeito e da admiração que os astecas e os maias tinham pelo animal, de acordo com alguns relatos, eles eram consumidos em rituais sagrados ou como um remédio, graças ao calor que a pele do cachorro exalava.