10 países mais endividados — Brasil ocupa qual posição no ranking?

Você sabia que, em 2024, o Brasil se posiciona de maneira surpreendente quando olhamos para o endividamento global?

Apesar de suas dificuldades econômicas e sociais, o país apresenta uma situação de dívida pública melhor do que grandes potências, como os Estados Unidos e o Japão.

Sabendo disso, quais são os principais países endividados do mundo e como a proporção dívida/PIB revela a verdadeira situação econômica de cada um deles.

Dívida pública afeta até mesmo os países mais ricos – Imagem: reprodução

O que é a proporção Dívida/PIB?

A proporção dívida/PIB é uma métrica que compara a dívida pública de um país com o seu Produto Interno Bruto (PIB). Tal relação é fundamental para entender a capacidade de um país de pagar suas dívidas.

Um valor elevado pode indicar riscos de calote e problemas financeiros, enquanto um valor baixo sugere uma situação mais estável.

Para calcular tal proporção, consideramos o PIB ajustado pela Paridade do Poder de Compra (PPC), que leva em conta as diferenças nos custos de vida entre os países.

Top 10 países mais endividados em 2024

Vamos conhecer os países que enfrentam os maiores desafios fiscais em 2024:

1. Japão

• Proporção Dívida/PIB: 251,9%;

• PIB (PPC): US$ 6,71 trilhões (R$ 36,41 trilhões);

• A dívida pública do Japão é a maior do mundo, exacerbada pelo envelhecimento da população e a baixa produtividade no trabalho.

• Proporção Dívida/PIB: 238,8%;

• PIB (PPC): US$ 177,09 bilhões (R$ 960,87 bilhões);

• O Sudão enfrenta um alto risco de superendividamento público, agravado pelo crescimento lento do PIB.

• Proporção Dívida/PIB: 168,3%;

• PIB (PPC): US$ 786,87 bilhões (R$ 4,2 trilhões);

• Apesar da alta dívida bruta, Singapura se destaca por ter ativos que superam suas dívidas, resultando em uma dívida líquida/PIB de 0%.

• Proporção Dívida/PIB: 160,2%;

• PIB (PPC): US$ 434,83 bilhões (R$ 2,3 trilhões);

• Apesar da dívida elevada, a Grécia projeta uma redução significativa na proporção da dívida até 2030.

• Proporção Dívida/PIB: 143,2%;

• PIB (PPC): US$ 3,29 trilhões (R$ 17,85 trilhões);

• A Itália também vive uma situação de alta dívida pública, mas espera-se um excedente primário em 2025.

• Proporção Dívida/PIB: 126,9%;

• PIB (PPC): US$ 27,97 trilhões (R$ 151,76 trilhões);

• Os Estados Unidos enfrentam um gasto federal exorbitante, comprometendo a sua dívida nacional.

• Proporção Dívida/PIB: 122,8%;

• PIB (PPC): US$ 11,56 bilhões (R$ 62,72 bilhões);

• A dívida do Butão é impulsionada por investimentos em energia hidrelétrica, que enfrentam atrasos e custos elevados.

• Proporção Dívida/PIB: 119%;

• PIB (PPC): US$ 11,56 bilhões (R$ 62,72 bilhões);

• A economia do Bahrein é fortemente dependente do petróleo, o que influencia sua dívida pública.

• Proporção Dívida/PIB: 118,7%;

• PIB (PPC): US$ 78,93 bilhões (R$ 428,27 bilhões);

• Com forte investimento da China em infraestrutura, a dívida pública de Laos tem alcançado níveis preocupantes.

• Proporção Dívida/PIB: 111,8%;

• PIB (PPC): US$ 15,83 bilhões (R$ 85,89 bilhões);

• Embora tenha tido um crescimento pós-pandemia, o país ainda enfrenta riscos de superendividamento.

O contexto brasileiro

Ao analisarmos os dados, percebemos que o Brasil, em comparação com esses países, tem se saído relativamente bem, ficando em 25º lugar.

Embora enfrente os seus desafios, a proporção dívida/PIB do Brasil é menor do que a de várias potências econômicas mencionadas.

Isso sugere que, apesar das dificuldades, o Brasil ainda tem uma capacidade de manejo de seus débitos que pode ser considerada mais favorável em comparação a alguns dos países mais ricos do mundo.

A análise das dívidas públicas globais revela um panorama fascinante sobre como diferentes nações enfrentam suas realidades financeiras.

O que fica claro é que, embora o Brasil tenha as próprias lutas econômicas, está em uma posição mais segura do que muitos países desenvolvidos.

*Com dados de: Barron’s, CBS News, Fitch Ratings, IMF eLibrary, Inter-American Development Bank, Radio Free Asia, Reuters, Statista, The Banker, The Diplomat e Yahoo Finance.