Uber e os métodos controversos de expansão

O crescimento e expansão da Uber, no cenário mundial, é inegável, com base em seu desenvolvimento, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) encontrou o uso de práticas “eticamente questionáveis e potencialmente ilegais” segundo mostra a investigação revelada no último domingo, dia 10.

Veja também: Uber abre vagas de estágio para atuar em suas áreas

No primeiro momento, a Uber atribuiu as questões ao ex-presidente e cofundador Travis Kalanick, que negou qualquer envolvimento nas práticas suspeitas encontradas pela investigação. Kalanick deixou a empresa em 2017 sob acusações de assédio sexual.

A investigação apontou que a Uber se aproveitou da reação negativa e outrora violenta do setor de táxi, com seus motoristas, para adquirir apoio e evasão das autoridades reguladoras, enquanto crescia seu mercado.

Os arquivos revelaram que a empresa buscou ajuda aos governos europeus para apoiar sua expansão. A Uber buscou práticas similares em outros lugares da Europa como Bélgica, Espanha, Holanda e Itália, mobilizando seus motoristas para usar as autoridades e mídias ao seu favor.

As atitudes controversas da empresa deixam claro as suas intensões em progredir no ramo de transporte privado e ultrapassar o setor de táxi.

Os jornalistas também indicam que a Uber trabalhou para evitar investigações regulatórias, se aproveitando de vantagens tecnológicas para auxiliar seus motoristas nessas ações.

A investigação conta com 124 mil documentos de 2013 a 2017, obtidos pelo jornal britânico The Guardian e, posteriormente, com as ações do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), os documentos contam com mensagens de textos e e-mails executivos.