Criptomoedas
Brasil é o principal da América Latina em criptomoedas!
Os meses de junho e julho deste ano foram favoráveis para a América Latina, com um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de 2021.
Em um levantamento realizado pela Chainalysis, foi observado na América Latina um potencial em investimento das criptomoedas, e as grandes influências para isso podem ter sido originadas pelo cenário político e econômico atual, assim como pelo clima tropical que o Brasil oferece.
Os países em destaques também na América Latina são Argentina e Venezuela que, enfrentando altas inflações, instabilidade no cenário político e a censura por parte do governo, tiveram um crescimento significativo da criptomoeda.
Dos totais recebidos nos países latinos, o Brasil está em 5º lugar no ranking considerado como mundial entre criptomoedas. No entanto, são observadas diferentes finalidades no uso das criptomoedas para os diferentes países, e a Chainalysis conseguiu identificar quais são as principais motivações para utilizar as moedas digitais:
- Forma de manter uma reserva do valor
- Investimento
- Possibilidade de remessas de forma internacional
Estas 5 principais economias usam as criptomoedas
No Brasil, Chile, México, Peru e Colômbia foi observado um enfrentamento de inflação superior a 8,5%, como analisou o Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo consideradas as principais economias da américa Latina. A maior inflação vista entre os países latinos foi na Venezuela, apresentando 114% anualmente; enquanto a melhor das inflações se concentra na Bolívia, sendo 1,89% anual.
- Chile: 13,70%
- Colômbia: 11,44%
- México: 8,70%
- Peru: 8,53%
- Brasil: 7,17%
Fonte: Trading Economics
A inflação na Venezuela e na Argentina: relação com as criptomoedas
A Argentina tem 15 cotações diferentes para a moeda norte-americana e aparenta ter uma postura peculiar quanto ao dólar. A inflação no país pode alcançar mais de 100% ainda em 2022, como mencionado em algumas observações.
A Venezuela também é um dos países que estão sendo observados pela Chainalysis, pois a moeda do país venezuelano, o bolívar, está em desvalorização comparada ao dólar desde 2014 até este ano. O país recebeu cerca de US$ 28,3 bilhões de criptomoedas no ano passado e pode observar uma crescente de 32% este ano, indo para US$ 37,4 bilhões.
Brasil e a relação com as criptomoedas
O principal mercado de criptomoedas no Brasil é o Mercado Bitcoin (MB), o queridinho entre os brasileiros que estão no mundo das criptos. A Chainalysis observa que a atividade do MB está muito à frente, se comparada aos países latinos, analisando desde as transações com preços de US$ 1 mil até US$ 1 milhão.
No Brasil, as criptomoedas são utilizadas como forma de investimento, não como reserva de valor, ainda mais pelo país estar em 10º lugar na lista de menor inflação do continente.
“Usuários em países com economias mais fracas tendem a confiar em criptomoedas para remessas e, se a inflação for alta, para preservação da poupança, enquanto os usuários de mercados mais desenvolvidos como o Brasil tratam criptomoedas mais como um investimento especulativo”, analisa o relatório.
O relatório menciona, ainda, algumas pequenas observações sobre o Brasil: “No geral, dados on-chain e entrevistas com operadoras da região mostram que a América Latina tem abraçado as criptomoedas por uma variedade de razões, dependendo das necessidades únicas de cada país”.
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