Dólar dispara 2,8% e atinge maior patamar desde junho com tensão fiscal

O dólar registrou alta de 2,8% nesta sexta-feira, atingindo o maior salto diário em quase três meses e mais do que revertendo todo o recuo acumulado na semana em apenas um dia.

A sessão foi marcada pela postura insegura dos investidores causada pelo intenso nervosismo no mercado de juros futuros diante de questionamentos sobre a capacidade do Banco Central de lidar com o contexto de fiscal brasileiro.

No Brasil, o movimento ganhou força com a piora nos mercados externos, onde o dólar passou a subir e as bolsas de valores em Nova York fecharam em baixa.

A moeda norte-americana à vista encerrou com disparada de 2,77%, a 5,3767 reais na venda. Esse é o maior ganho diário desde 24 de junho, quando subiu 3,33%.

Perto do fechamento, o dólar tocou máxima de 5,3782 reais (+2,80%), enquanto no início do pregão chegou a mínima de 5,2405 reais (+0,16%).

Na semana, a divisa acumulou valorização de 0,82%, mais do que revertendo o resultado da véspera, quando registrava queda de 1,90%.

Com os resultados, o dólar passa a registrar queda de 1,90% em setembro e alta de 33,99% no ano.

Às 17h03, o contrato de dólar futuro de maior liquidez negociado na B3 ganhava 2,60%, a 5,3770 reais.