Índices europeus caem para pior patamar em 3 meses após liquidação por temores de lockdown

As ações da Europa sofreram sua queda mais acentuada em três meses no pregão desta segunda-feira, contaminadas pelos temores de uma segunda onda de infecções por Covid-19, que afetaram os papeis de viagens e lazer, ao passo que os bancos tiveram baixas após reportagens denunciarem transferências suspeitas de cerca de 2 trilhões de dólares.

O principal assessor científico do Reino Unido alertou que podem haver até 50 mil novos casos de coronavírus por dia no país até meados de outubro se a pandemia seguir no ritmo em que está. Um segundo lockdown nacional seria possível, afirmou no domingo o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock,

“Suspeitamos que as ações cairiam acentuadamente e indiscriminadamente, semelhante ao que aconteceu entre fevereiro e março ou em junho (…) se o aumento de novos casos na Europa minar seriamente a recuperação econômica global”, opinou a economista de mercados da Capital Economias, Simona Gambarini.

Em Londres, o FTSE 100 liderou as perdas, recuando para 3,4% em seu pior pregão em mais de um trimestre.

O índice FTSEurofirst 300 teve baixa de 3,11%, a 1.385 pontos, e o índice pan-europeu STOXX 600 caiu 3,24%, a 357 pontos, patamar mais baixo desde o início de junho.

O índice de viagens e lazer da Europa despencou de 5,2%, enquanto os bancos europeus recuaram 5,7%, aproximando-se das mínimas recordes depois que credores como HSBC e Standard Chartered foram citados em documentos vazados que mostraram transferências de grandes quantias de dinheiro suspeitos nas últimas duas décadas.

Índices

FRANKFURT: o DAX recuou 4,37%, a 12.542 pontos.

LONDRES: o Financial Times perdeu 3,38%, a 5.804 pontos.

PARIS: o CAC-40  caiu 3,74%, a 4.792 pontos.

MILÃO: o Ftse/Mib teve baixa de 3,75%, a 18.793 pontos.

LISBOA: o PSI20 desvalorizou-se 2,22%, a 4.158 pontos.

MADRI: o Ibex-35 recuou de 3,43%, a 6.692 pontos.