Economia
Bolsas reagem a dados positivos sobre a indústria europeia
O índice de gerente de compras (PMI) na zona do euro subiu de 51,7% em agosto para 53,7 em setembro, maior nível em 25 meses.
Após os Bancos Centrais na véspera, hoje, dados de atividade no exterior e inflação no Brasil devem ditar o rumo dos negócios, com os investidores de olho na questão fiscal. Às 9h07, o Ibovespa futuro registrava alta de 0,37%, aos 97.348 pontos.
Ontem, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a expectativa dos analistas ao reiterar que existe uma retomada da economia e que a inflação segue comportada. Nos EUA, o discurso presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também ficou em linha com o esperado pelo mercado. Ele disse que a economia apresentou melhora acentuada desde o início da pandemia, mas as perspectivas continuam incertas e os formuladores de política precisam fazer mais.
Ainda na véspera, o Ministério da Economia informou que a expectativa de déficit primário para 2020 subiu para R$ 861 bilhões em agosto, ante R$ 787,45 bilhões em julho, dado que será analisado hoje pelos analistas.
O mercado também repercutirá a informação de que o presidente Jair Bolsonaro autorizou a criação de um imposto sobre transações digitais. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o governo tenta conseguir o apoio do centrão para apresentar a proposta ao Congresso. A estimativa é de que o novo imposto gere cerca de R$ 120 bilhões por ano.
De acordo com a sócia-diretora da FB Wealth, Daniela Casabona, o mercado segue com uma preocupação muito grande em relação à política fiscal. “O governo não entrou em um consenso, o que gera rumores sobre uma possível saída do Guedes (ministro da Economia, Paulo Guedes), apontamento este que todo mundo está de olho. O ministro fala uma coisa e o governo rebate com outra, graças a isso é possível perceber um desentendimento mais sério do que pensávamos”, pondera a executiva, acrescentando que a principal preocupação da Bolsa é um aumento de volatilidade causado principalmente pelas notícias ruins e não pelas boas.
Logo cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 3,2 pontos em setembro, para 83,4 pontos, mantendo a tendência de crescimento pelo quinto mês consecutivo.
Daqui a pouco será divulgada a prévia de setembro da inflação oficial ao consumidor, o IPCA-15.
No exterior, o crescimento de casos de coronavírus continua no foco dos investidores, principalmente, após o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ter recomendado maior cautela com a doença.
No campo econômico, a divulgação de dados sobre a economia do euro anima as bolsas. O índice de gerente de compras (PMI) na zona do euro subiu de 51,7% em agosto para 53,7 em setembro, maior nível em 25 meses. Na Alemanha, o índice passou de 52,2% para 56,6%. Na Espanha, houve revisão do Produto Interno Bruto (PIB) para queda de 17,8% no segundo trimestre ante o período anterior. A previsão anterior era de 18,5%.
Nos EUA, será conhecida a leitura preliminar do índice PMI sobre a atividade nos setores industrial e de serviços em setembro. Logo mais, o presidente do Fed discursará no Congresso.
Em Wall Street, há pouco, o índice futuro do Dow Jones subia 0,72%, aos 27.341 pontos.
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