Ações, Units e ETF's
‘Queridinha’ do investidor, renda fixa deve manter preferência em 2023
Liquidez, rentabilidade e baixo risco são os principais atrativos dessa modalidade de investimento
A exemplo do desempenho favorável apresentado este ano, quando atraiu a atenção majoritária do investidor nacional, a renda fixa reúne todas as condições de repetir o feito no iminente 2023. É o que apontam analistas em relação à modalidade de investimento, que oferece ao mercado a trinca imbatível, até o momento, liquidez, rentabilidade e baixo risco, proporcionado por uma Selic (taxa básica de juros) de dois dígitos (13,75% ao ano) e que deverá continuar assim por um bom tempo.
Por estes e outros fatores, a alternativa continua a ser mais atrativa a quem não está disposto a assumir posições de maior risco em renda variável, seja em bolsa, multimercados ou em fundos de investimentos imobiliários (FIIs).
Olhando em retrospectiva, a modalidade ofereceu retornos adicionais ‘turbinados’ por gestores de recursos em fundos mistos, ou ainda por carteiras especializadas em arbitragens com ações, o que permitia a calibragem do tamanho e da direção da exposição do investimento, dependendo das condições do mercado.
Levando em conta, a média estabelecida pelo índice de “hedge funds” da Anbima (IHFA) – que inclui multimercados com gestão ativa de diferentes estilos – auferiu ganhos de 13,3% até o dia 26 deste mês, embora, em algumas carteiras, os retornos tenham sido superiores a 20%. Exemplo disso, os resgates dos chamados “hedge funds” brasileiros ultrapassaram R$ 86,5 bilhões, bem acima daqueles oferecidos por fundos de ações, que não foram além de R$ 70 bilhões.
Já o Índice de Debêntures (IDA) geral – referencial para o segmento de crédito corporativo – que valorizou 10,5%, até a última quarta-feira (28) – ficou aquém do exibido pelo bloco de papéis de dívida privada, de 14,4%, com indexação pelo CDI, o que serviu para elevar a média geral. Até novembro último, o montante negociado de debêntures somou R$ 334,7 bilhões, ante um estoque de R$ 982,1 bilhões.
Por sua vez, aplicações vinculadas à Selic, como o Tesouro Selic, foram capazes de garantir retorno de 12,4%, já considerando todos os reajustes de juros efetuados pelo BC, até que se chegasse ao patamar atual, de 13,75% ao ano.
Mesmo as cadernetas de poupança, aplicação preferida do país, renderam 7,9% no ano, ‘ganhando’ da inflação, que deve fechar o ano com variação de 5,6%, assim como do Ibovespa, que avançou apenas 4,7% no período.
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