Pressão alta em adolescentes pode ser causada por poluição do ar

Que a poluição do ar causa diversos malefícios à saúde humana não é novidade nenhuma. Mas um novo estudo aponta novidades nesse quesito, um tanto desagradáveis. Confira!

De problemas respiratórios até câncer, a poluição do ar já trazia grandes preocupações, mas este novo estudo demonstrou que a pressão mais baixa em adolescentes pode ter como causa a exposição a altos níveis de dióxido de nitrogênio presente na atmosfera.

Segundo o estudo publicado na revista PLOS One no início de fevereiro, a pressão arterial elevada nos adolescentes pode estar sendo causada pela poluição particulada (material particulado 2.5). Estas alterações foram chamadas de “consideráveis” pelos pesquisadores.

Poucos estudos anteriores se concentraram em adolescentes como sujeitos a serem pesquisados. A maioria verificou efeitos da poluição do ar na saúde de adultos e alguns na de crianças mais novas.

As alterações verificadas acendem um alerta para os órgãos de saúde em relação a essa população jovem, já que a pressão arterial elevada aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, fatores comuns em mortes de pessoas mais jovens no mundo.

Outro problema é que a pressão arterial mais baixa pode causar problemas imediatos, como tontura e cansaço. O estudo, no entanto, não se aprofundou na análise da saúde dos adolescentes relacionando especificamente a pressão arterial alterada.

Esta associação estava presente no estudo “Determinantes do bem-estar social e da saúde adolescente”, que coletou dados de mais de três mil adolescentes em Londres, comparando seus registros médicos com os dados sobre a poluição na cidade durante todo o período verificado.

O dióxido de nitrogênio é mais comumente associado à poluição pelo trânsito, como produto residual dos motores à combustão, causando danos diretos à respiração humana.

Já a poluição por partículas pode ser ocasionada também pelo trânsito intenso. Mas também de locais com muita construção, além de outros fatores como a queima de madeira e de carvão, por exemplo.

Vale lembrar que as partículas não são liberadas pela expiração e podem afetar a saúde cardiovascular dentro do nosso organismo.