Economia
Setor siderúrgico aumenta estimativas de performance para este ano
Mudanças foram feitas com base nos números de encomendas recebidas nos últimos meses.
A indústria de fabricação de aço revisou para cima suas estimativas de desempenho para 2020, afirmaram executivos do setor nesta quinta-feira, e agora prevê que terá avanço em 2021, com base nos números de encomendas registrados nos últimos meses.
O Instituto Aço Brasil (IABr), que representa produtores no país, disse que a previsão para o consumo aparente da liga foi revista de recuo de 14,4% para queda de 4,7%, ou aproximadamente 20 milhões de toneladas.
“Nossos cálculos são feitos em função do que seria a percepção do mercado. No setor de (aços) planos, que tinha queda prevista de consumo de 18%, cairá 8% e longos deve terminar o ano sem previsão de queda”, disse Marco Polo de Mello, presidente-executivo do IABr.
Ainda segundo as projeções, as vendas de aço no Brasil terão queda de 3,1% em 2o2o, para 18,2 milhões de toneladas, frente previsão de recuo de 12,1% em levantamento feiro em julho. Para a produção, a previsão passou de encolhimento de 13,4% para tombo 6,4%, a 30,5 milhões de toneladas.
O setor atualmente ocupa cerca de 63% de sua capacidade instalada, mas esse número deve avançar para cerca de 70% até o final do ano, disse Lopes.
A entidade também afirmou que todos as áreas de aciaria e laminação das usinas siderúrgicas do país estão atualmente em operação e que seis alto-fornos que tinham sido paralisados antes da crise provocada pela epidemia seguem fora de operação. Lopes afirmou, quedado perguntado sobre o alto-forno 2 da CSN, que “temos informação de que a CSN vai religar em novembro”.
Recuperação
Em entrevista com jornalistas, o secretário especial de competitividade do governo federal Carlos da Costa disse que a economia brasileira está enfrentando uma vigorosa recuperação e que “vamos terminar o ano com centenas de milhares de contratações…2021 será um ano espetacular”.
O Ministério da Economia divulgou na terça-feira dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelando a abertura de 249.388 vagas formais de trabalho em agosto.
“Temos já o segundo mês de crescimento de emprego…Emprego é primeiro a cair e último a voltar”, disse Costa.
Em relação ao possível corte das medidas emergenciais de suporte à economia, como o auxílio emergencial, Costa garantiu: “O que move economia não é o governo. Todas as medidas que adotamos, como o auxílio emergencial, foram para mitigar o impacto da crise. Uma vez voltando a economia, o impacto do retorno é superior ao auxílio”.
“Não podemos achar que economia dependerá do auxílio. O que estimula economia é produtividade, confiança, emprego e isso que está retornando de maneira muito acelerada”, acrescentou.
O secretário acrescentou que a recuperação da economia tem ocorrido na forma de ‘V’ e que é normal haver desabastecimento de algumas cadeias de fornecimento após a forte queda nos estoques.
O único setor que ainda passa por “dificuldades sérias” é o de serviços, avaliou Costa, o que segundo ele é culpa de “alguns governos estaduais e municipais que estão exagerando” em medidas de contenção da pandemia.
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