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Saúde

Atenção: problemas cardíacos em mulheres se confundem com ansiedade

Os sintomas de problemas cardíacos na mulheres são diferentes dos que comumente são vistos nos homens e podem se confundir com ansiedade.

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As doenças cardíacas são responsáveis por mais de 30% das mortes de mulheres no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, essa porcentagem é bem próxima dos 30%, principalmente entre mulheres acima de 40 anos. Essa estatística faz com que seja a maior taxa de mortes por doenças cardíacas entre mulheres na América Latina.

O principal motivo disso é que ao passarem por problemas cardíacos, como infarto, por exemplo, as mulheres têm sintomas diferentes, o que pode fazer com que seu atendimento seja mais negligenciado.

Segundo um relatório de setembro de 2022 da American Heart Association (AHA), durante a avaliação da paciente, os médicos relacionam os sintomas com condições menos graves, como crises de ansiedade.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a SBC, as mulheres apresentam sintomas incomuns com mais frequência, que estão relacionados ao infarto do miocárdio.

Muitas mulheres nem mesmo procuram ajuda médica e, quando procuram, não são tratadas com o diagnóstico correto porque os sintomas de doenças cardiovasculares podem ser resumidos a uma dor de difícil diagnóstico, mais genérica.

Em homens, o infarto é causado principalmente pela obstrução rápida do fluxo sanguíneo próximo ao coração. Já nas mulheres, além dessa obstrução, inflamações e pequenos rompimentos dos vasos.

Devido ao tamanho um pouco menor e às pequenas diferenças fisiológicas no coração, as mulheres podem sofrer bloqueio das artérias coronárias mais finas, não só das principais. Por causa disso, descrevem a dor do infarto como uma pressão ou aperto forte, não como uma dor lancinante.

Segundo a AHA, a sobrevida para mulheres é em média de 5,5 anos, menor do que um pouco mais de 8 anos dos homens. A recorrência de problemas cardíacos também é menor nos homens, 17%, contra 21% nas mulheres.

Mulheres mais jovens têm sofrido com infarto no miocárdio nos últimos anos. Antes, acreditava-se que os hormônios, como estrogênio, davam certa proteção às mulheres antes da menopausa. Mas isso mudou devido ao estresse.

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