Já pode usar! Microsoft zera fila e libera Bing com ChatGPT para todos

A Microsoft acelerou o passo no uso da inteligência artificial e já disponibilizou o Bing com o novo sistema do ChatGPT (GPT-4) para todos os usuários. Para ter acesso, basta fazer o login e solicitar a entrada.

Feito esse processo, um e-mail de confirmação será enviado logo em seguida e a ferramenta estará liberada para uso. Essa agilidade também é uma novidade, pois até então as pessoas precisavam entrar em uma fila de espera.

Desde que o uso dessa tecnologia foi anunciado pela empresa, o recurso de bate-papo com inteligência artificial capaz de gerar conteúdos e responder perguntas dos usuários vinha sendo distribuída aos poucos.

Como entrar?

A mudança no sistema foi notada pelo Windows Central. Agora, para acessar, basta que entrar na página do novo Bing e clicar em “Entrar na lista de espera”.

Acontece que agora a lista não existe mais. Com a oferta da ferramenta para todos os interessados, o usuário recebe um e-mail de confirmação e liberação do acesso ocorre logo após a inscrição.

Rapidez

A novidade chama a atenção, pois a criação e liberação do modelo de linguagem GPT-4 foi anunciada somente na última terça-feira (14). A pergunta que ficou no ar foi: “como assim a Microsoft colocou tudo em prática de um jeito tão rápido?”.

A surpresa dos usuários foi ainda maior ao tomarem conhecimento da informação que responde a essa pergunta: a empresa já estava utilizando a versão de testes do novo sistema no Bing Chat há algumas semanas. Ou seja: ela só oficializou e tornou pública a novidade.

Apesar disso, o buscador da Microsoft precisa atualizar alguns mecanismos, pois ainda não possui todos os recursos da nova tecnologia desenvolvida pela OpenAI, empresa responsável pela criação do ChatGPT. O GPT-4 permite, por exemplo, a inserção de textos e imagens como informações de entrada, o que pode ajudar a especificar e mostrar bem para o robô o que você deseja pesquisar ou saber.

Bing foi o primeiro a usar ChatGPT

O buscador da Microsoft foi o primeiro do mercado a utilizar a tecnologia do ChatGPT. A empresa anunciou a implantação da inteligência artificial em fevereiro deste ano, somente três meses após a OpenAI liberar a ferramenta.

A rapidez no processo agitou o mercado concorrente. Poucas semanas depois, o Google anunciou o Bard, seu sistema com funções semelhantes ao ChatGPT. A novidade, no entanto, foi divulgada às pressas e chegou a desagradar alguns funcionários, criando ruídos de comunicação e atritos internos.

Limitações

Apesar da comoção inicial com o ChatGPT, não demorou para surgirem as primeiras críticas e observações sobre a eficácia da ferramenta. Vale lembrar que ela se baseia somente em dados da internet até 2021.

Alguns testes feitos por usuários evidenciaram as limitações da inteligência artificial, com a detecção de erros de informação, confusão de datas, nomes, invenção de números em relatórios financeiros e até recomendações turísticas de locais que já estão fechados.

Avanço da inteligência artificial

O que se sabe é que os modelos de inteligência artificial de linguagem são uma tendência e devem aparecer em outras aplicações. O Google, que tenta correr atrás do prejuízo, já anunciou o uso de IA no Workspace, ferramenta que reúne aplicativos como Gmail, Docs e Meet.

A ideia é que ela auxilie com a oferta de resumos do que foi dito em trocas de mensagens, na criação de documentos, envio de e-mails e elaboração de apresentações.

A Microsoft anunciou um evento para esta quinta-feira (16), no qual pretende detalhar os planos futuros da empresa em relação ao uso de inteligência artificial. Apps como Word, Teams e Outlook devem receber recursos que usam modelos de linguagem para escrever.