Casa Suja: Inimiga ou Aliada da Saúde? Descubra a Verdade com Especialistas!

Especialistas expressam preocupação de que a pandemia possa estar incentivando hábitos de limpeza que não são eficazes para proteger a saúde. De acordo com o Fórum Científico Internacional sobre Higiene Doméstica, as pessoas podem estar obcecadas com a limpeza como forma de se proteger contra germes, e a associam automaticamente com saúde.

No entanto, a organização enfatiza que limpeza e higiene não são sinônimos. Enquanto a primeira refere-se a obter a aparência de uma área limpa por meio de atividades como aspiração ou limpeza, a segunda implica em proteger-se de micróbios nocivos, incluindo patógenos como o norovírus, o vírus da gripe, o da covid-19 e até mesmo bactérias como a salmonela.

Portanto, a higiene é definida como um conjunto de ações que devem ser realizadas em momentos específicos.

Mas o que intriga ainda mais é que estudos anteriores indicaram que o simples ato de deixar a sujeira ficar pode ser benéfico para a saúde. Será que é verdade? Descubra a seguir.

O sujo é mais benéfico?

Os resultados de estudos indicam que crianças criadas em fazendas apresentam menor incidência de asma, alergias e condições autoimunes, como a doença de Crohn, devido à exposição precoce a uma diversidade maior de microorganismos.

Especialistas afirmam que a suscetibilidade de uma criança a desenvolver alergias não tem relação com limpeza, mas com a exposição a diferentes tipos de microorganismos através do intestino, da pele e do ar. De acordo com esses estudos, os pequenos obtêm os insumos microbianos necessários para o desenvolvimento de um sistema imunológico saudável por meio de vacinas, do ambiente natural e da microbiota benéfica transmitida pelas mães durante o parto.

Ainda assim, os autores destacam a importância de práticas de higiene direcionadas em momentos e locais de risco para maximizar a proteção contra infecções, minimizando, ao mesmo tempo, o impacto nas exposições microbianas essenciais.