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Economia

BofA não considera redução adicional na Selic em 2020 após dados do IPCA

Banco espera que a taxa Selic permaneça estável e termine este ano em 2%.

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O Bank of America aumentou nesta sexta-feira sua previsão para a inflação em 2020, além de passar a descartar redução extra na taxa básica de juros, esperando que ela continuará em 2% até o término deste ano.

“Esperamos agora que a taxa Selic permaneça estável e termine este ano em 2,00% (de 1,75% antes) dadas as pressões inflacionárias mais altas que reduzem o espaço para outro corte em nossa visão”, disse a economista para Brasil e Chile do BofA, Ana Madeira, e o chefe de economia e estratégia para o Brasil do banco, David Beker.

Já a expectativa para a inflação medida pelo IPCA foi elevada a 2,7%, ante 2% anteriormente, por causa da recente alta nos preços dos alimentos e dos riscos de uma recuperação econômica mais acelerada até o final deste ano.

Apesar das mudanças, acrescentaram eles, o percentual se mantém bem aquém da meta oficial para o IPCA em 2020, que é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

“No médio prazo, ainda esperamos um cenário inflacionário benigno, devido ao grande hiato do produto e à folga do mercado de trabalho”, escreveram em nota.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira que em setembro o IPCA registrou o maior salto para o mês desde 2003, de 0,64%, pressionado pelo aumento dos preços de alimentos.

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA já tem alta de 3,14%, contra 2,44% nos 12 meses até agosto. Analistas esperavam níveis menores, já que previam avanço de 0,54% em setembro em relação a agosto e de 3,03% em 12 meses.

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