Como comparar preços antes de contratar um empréstimo?

Pedir um empréstimo, às vezes, é a única solução para lidar com imprevistos ou gastos que não estavam planejados. Além disso, essa linha de crédito pode ser usada para chegar mais perto de realizar aquele sonho. No entanto, é preciso entender que, ao contratar um empréstimo, sempre vai haver cobrança de juros. 

Normalmente, esses juros são do tipo composto, os populares “juros sobre juros”. Isso significa que o cálculo dessa tarifa é somado a um montante que ainda está em aberto. 

Por exemplo, considere um empréstimo de R$ 3 mil, que vai ser pago em 10 meses e possui juros de 3% ao mês. Na primeira parcela, vão ser cobrados R$ 90 de juros, ou seja, 3% de R$ 3 mil. 

Neste caso, o total do empréstimo vai ser de R$ 3.516,90 e essa quantia vai ser dividida em 10 parcelas de R$ 351,69. O valor da primeira parcela é abatido do quanto ainda deve ser pago do empréstimo. Logo, os 3% de juros vão incidir sobre o valor de R$ 2.738,31.

Justamente por essa questão, os prazos para quitar a dívida exercem bastante influência. Afinal, quanto mais tempo durar o empréstimo, maiores vão ser os juros acumulados. 

As instituições financeiras costumam considerar o custo total do empréstimo, já com juros compostos embutidos, e dividir essa quantia pelo número de parcelas a serem pagas pelo contratante. Dessa forma, o cliente sempre paga o mesmo valor. 

A junção de todos esses gastos é chamada de Custo Efetivo Total (CET). O CET é apresentado para o solicitante em forma de uma porcentagem anual e pode incluir seguros, tarifas e tributos, além dos juros e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que são obrigatórios. 

Nos empréstimos, o IOF é de 0,38% em relação ao valor total, mais uma porcentagem de 0,0082% por dia. O cálculo é feito de acordo com o prazo de pagamento. 

Os seguros e adicionais, por outro lado, variam de cada instituição financeira. Portanto, é importante ter cautela com relação à adição desses custos, visto que são opcionais em alguns casos.