Saúde
Chileno cria linguiça com baixo teor de gordura e maior volume de fibras utilizando ingrediente 100% e natural
Linguiças são acompanhamentos indispensáveis para um bom churrasco, mas você já imaginou degustar uma versão feita inteiramente com maçãs?
A alimentação saudável está em alta, e a cada dia que passa surgem mais itens alimentares oriundos de fontes como vegetais, grãos, frutas e legumes. Um belo exemplo disso é a carne de soja, que para muitos é um perfeito substituto dos filés bovinos, com o adicional da isenção de crueldade animal.
Agora, você sabia que também existem linguiças naturais? Exatamente! No Chile, nosso vizinho da América do Sul, um professor universitário criou uma versão do suculento item utilizando maçãs, e ao que parece a novidade já agradou alguns paladares por lá.
A iguaria possui uma porcentagem de gordura 25% menor do que as versões carnívoras e também maiores teores de fibra, uma cortesia advinda da sua matéria-prima, o fruto da macieira.
O acadêmico realizou uma apresentação de degustação no campus da Universidad Católica del Maule, que fica em San Isidro, para o público poder experimentar sua invenção.
Durante o evento, Nelson Loyola, docente da Faculdade de Ciências Agrárias e Florestais, descreveu o sabor com mais detalhes:
“Tem um aroma, sabor e cor diferentes. Também tem menos gordura e mais fibras, fornecidas pelo bagaço de maçã.”
De que forma a receita foi fabricada?
Para fabricar o novo alimento, foram usados basicamente a casca e a polpa do fruto, ambos conhecidos por possuírem diversos nutrientes benéficos para a saúde humana, portanto, conferindo os mesmos benefícios para as deliciosas linguiças.
“O que ajuda a agregar ao aglomerado é a gordura. Não pode haver linguiça sem gordura, mas essa possui bem menos”, conta o criador da receita.
De acordo com ele, a versão é muito saudável e não possui as contraindicações que a contraparte feita com gordura e tripas de animal tem.
E para quem ficou curioso sobre a notícia e deseja experimentar a guloseima, saiba que a fórmula foi patenteada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INAPI).
Segundo Patricio Navarro, um analista de licenciamento do Departamento de Inovação, Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia da UCM, o item poderá estar em alguns anos nos mercados nacionais.
“Pode levar de dois a quatro anos até que cheguem ao mercado. Depende da empresa; cada empresa tem suas diferentes linhas de processo e elas devem ser adaptadas para a produção dessas tecnologias.”
Ainda falando sobre o sabor da invenção, o seu idealizador conta que, apesar de ser feita com maçãs, ela não tem um gosto doce, isso porque a massa passaria por um processo de cozimento e pasteurização fazendo-a perder grande parte dos açúcares na desidratação.
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