Empresas
Dados na farmácia: quais os perigos de fornecer seu CPF?
Aqueles que estão acostumados a fazer compras recorrentes em farmácias já devem ter percebido que as atendentes quase sempre perguntam o CPF do cliente.
Isso ocorre para que dados referentes a cadastros possam ser consultados e, com isso, existe a possibilidade da pessoa ganhar até mesmo alguns descontos em determinados itens.
Entretanto, tal prática pode apresentar alguns riscos, tanto para o estabelecimento quanto para o consumidor. É sobre isso que falaremos agora! Segundo a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), em maio de 2023, uma preocupante nota técnica foi divulgada ao público.
O documento mostra que algumas práticas adotadas pelas farmácias, quanto ao tratamento de dados pessoais da clientela, não estavam segundo a lei vigente. Ou seja, há sérios indícios de falta de segurança, transparência, além de coleta excessiva de informações sensíveis, sem definições claras sobre qual é a finalidade dos procedimentos.
Por que as farmácias costumam pedir o CPF?
Como foi dito anteriormente, a solicitação do documento de CPF na hora de fazer uma compra é algo que se tornou corriqueiro no cotidiano do brasileiro. A inclusão desse tipo de informação nos sistemas das empresas possui a finalidade de inscrever o cliente em programas de fidelidade, normalmente oferecidos por tais locais.
Dessa maneira, quando uma pessoa informa isso, ela pode acumular pontuação para obter descontos, participar de promoções e sorteios, além de ter diversas outras vantagens. Também existe a questão de que o uso dessa documentação serve para controlar a saída de remédios controlados e potencialmente perigosos.
Portanto, há sim alguns benefícios nessa prática, porém os riscos são equivalentes e um dos principais é vazar informações. Afinal, você está compartilhando seus dados pessoais, que se caírem nas mãos de pessoas erradas podem servir para atividades criminosas como roubos e fraudes.
Isso sem falar que algumas quadrilhas são especialistas em fazer compras, abrir contas bancárias e até mesmo pedir cartões de crédito utilizando esse tipo de conhecimento roubado. Geralmente essas situações costumam trazer muitas “dores de cabeça” para as vítimas até que tudo seja esclarecido.
Por fim, ainda tem a possibilidade das informações serem compartilhadas com outras empresas, de modo a serem usadas para fins de marketing direcionado. Resumindo, você pode receber e-mails indesejados, ligações não solicitadas, dentre outras coisas.
Segundo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), uma legislação nacional que visa proteger e estabelecer regras para o tratamento de dados pessoais por organizações e empresas, é preciso haver transparência no compartilhamento do CPF por parte das farmácias.
Lembrando que, isso só pode ser feito se houver o devido consentimento e é obrigatório que a empresa informe a finalidade do procedimento e qual será o destino de tudo o que for coletado e armazenado em seus bancos de dados!
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