China espera alta de 30% na oferta de carne suína a partir de fevereiro

A China, maior consumidora global de carne suína, terá ofertas 30% maiores do produto durante o feriado de Ano Novo Lunar do que o registrado no mesmo período do ano anterior, previu nesta quarta-feira uma autoridade agrícola chinesa em “briefing” à imprensa.

O país vem tentando reconstruir seu rebanho após a peste suína africana (PSA) tê-lo varrido.

Junto à recuperação do rebanho, as fortes importações de carne suína e as mudanças na demanda dos consumidores devem alavancar as ofertas da proteína aproximadamente 30% na comparação anual, cortando os preços em relação a 2019, disse o vice-diretor do departamento de veterinária do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Chen Guanghua.

A carne suína é tradicionalmente servida durante as reuniões de famílias para comemorar o Ano Novo Lunar, feriado mais importante da China e que começará em 11 de fevereiro de 2021.

Wei Baigang, chefe da divisão de desenvolvimento e planejamento do ministério, afirmou que de janeiro a setembro os produtores de carne suína chineses levantaram 12.500 novas fazendas de larga escala e retomaram as operações de mais de 13 mil fazendas.

A retomada do plantel de suínos chinês tem sido “melhor que o esperado” após a peste suína africana matar pelo menos 40% dos animais do país em 2019, disse ele.

No mês passado, disse Wei, os estoques de porcos rondaram 370 milhões de cabeças, ou 84% do total registrado em 2017, antes de a peste atingir o país, ao passo que o número de fêmeas atingiu 38,22 milhões, ou 86% dos níveis de 2017.