A polêmica do Olaplex: entenda o debate sobre queda de cabelo e infertilidade

Desde seu lançamento em 2014, a Olaplex tem sido uma das marcas mais populares no mundo dos produtos capilares, especialmente entre influenciadores do Instagram e do TikTok, além de celebridades de peso, como Kim Kardashian.

A empresa é conhecida por sua tecnologia patenteada de ligação que aborda uma ampla gama de problemas capilares.

Em fevereiro deste ano, a marca foi alvo de um processo movido por diversos consumidores, alegando que os produtos numerados de 0 a 9 resultaram em “danos graves” como perda e quebra de cabelo, fragilidade, calvície em áreas específicas e irritação no couro cabeludo.

Importante mencionar que as embalagens numeradas são projetadas para indicar a ordem correta de uso dos produtos. Os consumidores descontentes também alegaram que a empresa incorpora ingredientes que têm o potencial de provocar reações alérgicas e que foram proibidos na Europa.

Entenda melhor esse caso

As ações legais afirmavam que a marca, que se destacou por suas promessas de tratar cabelos danificados, fez afirmações enganosas sobre a eficácia de seus produtos e omitiu informações sobre a presença de substâncias químicas potencialmente prejudiciais em suas fórmulas.

Outra preocupação surgiu antes mesmo da controvérsia sobre os efeitos prejudiciais nos cabelos e couro cabeludo. Alguns criadores de conteúdo no TikTok destacaram a presença de um ingrediente no Nº 3 Hair Perfector (um tratamento reparador para cabelos ressecados após o clareamento) que alegavam ser tóxico e associado à infertilidade.

Anteriormente, o produto continha o químico butilfenil metilpropional, também conhecido como lilial, que levantou preocupações devido à sua classificação pela Comissão Europeia em 2021 como uma substância potencialmente tóxica para a reprodução, indicada pelo código Repr. 1B.

Em resposta a essa descoberta, o ingrediente foi proibido em todos os cosméticos na União Europeia e no Reino Unido a partir de 1º de março de 2022.

A partir de janeiro de 2022, a marca de cuidados capilares optou por reformular sua fórmula, não apenas eliminando gradualmente o lilial no Reino Unido e na União Europeia, mas também removendo-o de toda a sua cadeia de abastecimento global.

A empresa afirmou que especialistas médicos confirmaram que os vestígios de lilial usados no Nº 3 Hair Perfector, não como um ingrediente ativo ou funcional, mas para fragrância adicional, não representam riscos à saúde.

É importante destacar que pesquisas indicam que o lilial só é prejudicial em grandes quantidades, e o químico representava apenas 0,0119% da fórmula anterior do Olaplex.