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Tecnologia

Cuidado! Cabos de Celular Emprestados Podem Ser Armadilhas de Hackers

Prática aparentemente inofensiva pode esconder um grande risco de segurança.

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Emprestar o cabo USB do vizinho, amigo ou colega de trabalho é algo corriqueiro na rotina dos brasileiros. Entretanto, existe um tipo desses produtos que pode ser usado para subtrair informações ilegalmente de um aparelho. Referimo-nos ao OMG Cable, considerado por muitos como o “modelo mais perigoso do mundo”.

Estamos falando de um dispositivo que se conecta a um computador ou smartphone como um item comum. No entanto, ele contém um chip oculto que permite ao invasor controlar o objeto conectado e acessar uma série de dados pertencentes ao seu proprietário.

Segundo a revista Forbes, o produto está disponível para compra por menos de US$ 200 (R$ 976,66) em diversos e-commerces online. Além disso, recentemente, esse cabo USB foi atualizado, ganhando novas funcionalidades capazes de capturar teclas pressionadas no celular, instalar malwares e roubar credenciais.

Os invasores utilizam uma variedade de técnicas em ataques altamente direcionados para espionar suas vítimas, e esses cabos são mais uma ferramenta em seu arsenal. Se o indivíduo estiver em posição de risco, é recomendável que nunca use nenhum cabo ou dispositivo não autorizado.

Jake Moore, da ESET, em entrevista à Forbes

Qual era a finalidade original do OMG Cable?

Esse polêmico cabo USB foi lançado em 2019 e, à época, não atraiu muita atenção. O objeto foi projetado originalmente para ser utilizado por equipes de testagem de defesas digitais de empresas e por pesquisadores da área de TI (Tecnologia da Informação).

O objetivo inicial deles era testar PCs e MacBooks, atacando-os no momento da conexão. Esses cabos OMG possuem ponto de acesso Wi-Fi, carga útil e capacidade de processamento, tudo seguindo os mesmos padrões das carcaças de itens originais da Apple e de outras empresas.

As versões mais recentemente criadas não foram divulgadas ao público, mas são capazes de aumentar significativamente a capacidade do que pode ser realizado. De acordo com o inventor do aparelho, Mike Grover, “as pessoas realmente queriam atacar telefones“.

“Nossos primeiros cabos não eram capazes disso, mas nossos cabos Tipo C introduziram isso como recurso não-primário para permitir pesquisadores e educadores, ao mesmo tempo em que reduzem a utilidade para pessoas que tentam implantar aplicativos de monitoramento conjugais”, concluiu Grover, em entrevista à Forbes.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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