Petrobras concorda em ceder parte de sua quota de gás à Argentina

A Petrobras (PETR3; PETR4) concordou em ceder parte de sua quota de gás natural adquirida da Bolívia à Argentina a partir de julho. Este acordo foi estabelecido com a Energia Argentina (Enarsa) e envolve a destinação de até 5 milhões de metros cúbicos por dia. A informação é do Estadão.

De acordo com o jornal, o gás cedido será utilizado para assegurar o fornecimento de usinas termelétricas, bem como para atender demandas residenciais e industriais na província de Salta e outras regiões do norte argentino.

Esta cessão será realizada durante os meses de inverno, enquanto a Argentina aguarda a conclusão do gasoduto norte, que foi recentemente licitado. Após a finalização das obras, a região norte da Argentina será abastecida com gás proveniente das reservas nos campos de Vaca Muerta.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Esta cessão de gás faz parte de um memorando de entendimento assinado em 18 de abril entre a Petrobras e a Enarsa. Além da cessão de gás, o memorando também inclui o intercâmbio de informações e a realização de estudos de viabilidade para cooperação energética entre as duas empresas.

Por outro lado, o Ministério Público Federal (MPF) revelou que a Petrobras despejou água não tratada no mar durante cerca de três anos. Esta revelação levou o MPF a iniciar uma investigação detalhada, com a abertura de um inquérito na semana passada para examinar minuciosamente a situação.

As investigações tiveram início após multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Petrobras. Fiscais constataram que a plataforma P-18 lançou regularmente água não tratada ao mar entre 2017 e 2020.

MPF

Nos últimos sessenta dias, o MPF abriu mais dois inquéritos contra a empresa para investigar a mesma infração, de acordo com a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles. Apenas em 2023, durante o governo de Lula, a Petrobras recebeu uma multa de R$ 14 milhões do Ibama devido ao descarte inadequado do material.

Até o momento, a Petrobras não se pronunciou sobre o assunto.