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Economia

Inflação: Prévia acelera para 0,44% em maio, puxada pela gasolina

Dados do IPCA-15.

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A prévia da inflação oficial em maio foi de 0,44%, mais do que o dobro da taxa registrada em abril, que foi de 0,21%. O aumento foi impulsionado principalmente pelo preço da gasolina, que subiu 1,9% durante o período de coleta, contribuindo com 0,09 ponto percentual (p.p) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Esses dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de maio interrompeu uma sequência de dois meses de queda no IPCA-15 e é o maior desde fevereiro, quando o índice foi de 0,78%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registrou 3,70%, dentro da meta de inflação do governo, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos. Este índice está abaixo dos 3,77% observados nos 12 meses anteriores e também menor do que os 0,51% registrados em maio do ano passado.

Inflação pelo IPCA-15

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta de preços em maio. Os grupos com as maiores variações foram saúde e cuidados pessoais (1,07%) e transportes (0,77%). No caso dos transportes, a principal influência foi a gasolina, que teve o maior impacto na alta geral da pesquisa.

As passagens aéreas também pressionaram a prévia da inflação, com um aumento de 6,04%. Embora este valor nominal seja maior do que o da gasolina, o impacto da gasolina foi mais significativo para o IPCA-15 devido ao seu maior peso na cesta de produtos pesquisados pelo IBGE.

No grupo saúde e cuidados pessoais, a alta foi influenciada principalmente pelos produtos farmacêuticos, que subiram 2,06%, após a autorização do governo para um reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.

Metodologia

A metodologia para calcular o IPCA-15 é a mesma utilizada para o IPCA, considerado a inflação oficial do país. A diferença é que, na prévia, os preços são coletados entre 16 de abril e 15 de maio. O índice leva em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.

O IBGE explicou que a divulgação de maio foi impactada pela situação de calamidade na região metropolitana de Porto Alegre, que enfrentou alagamentos. Os pesquisadores tiveram que intensificar a coleta de dados por meios remotos, como telefone e internet.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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