Viagens internacionais ou nacionais: qual é mais cara atualmente?

Quem nunca sonhou em viajar para fora do Brasil? Disney, Europa, Emirados Árabes, Maldivas são alguns dos destinos que o brasileiro sonha em conhecer.

No entanto, por muito tempo, a ideia de sair do país pareceu distante e quase impossível. Por isso, muitas pessoas acabavam por escolher destinos nacionais.

Mas temos uma notícia para você: essa noção não passa de propaganda enganosa, criada para desencorajar turistas de conhecerem nosso país.

Uma pesquisa realizada pelo Folhetim revela que o verdadeiro custo elevado está associado às viagens em alta temporada, períodos que atraem o maior número de turistas.

Viagem pode ficar mais cara em algumas épocas do ano – Foto: Reprodução

O que é alta temporada

Viajar em períodos chamados de alta temporada encarece o passeio. No Brasil, datas como o Réveillon e o Carnaval podem ter um valor muito mais elevado.

Isso acontece porque tais momentos coincidem com a baixa temporada em muitos países europeus, onde é inverno.

Na alta temporada daqui, os estrangeiros tendem a vir mais para o Brasil, o que torna os custos de viagem internos mais elevados.

Por outro lado, a desvalorização do real também afeta os valores, embora seu impacto seja mais sentido pelos consumidores assalariados do que pela classe mais rica.

A pesquisa do Folhetim, por exemplo, não encontrou pacotes de viagem (passagem aérea + hotel com café da manhã) por menos de um salário-mínimo, seja em alta ou baixa temporada.

Valor médio das passagens

Outros fatores também impactam o valor de uma viagem. Atualmente, a recessão pós-pandêmica ainda tem uma grande influência no setor turístico.

De acordo com a BBC News Brasil, a média do preço de uma passagem aérea no Brasil em 2023 foi de R$ 592,95, a mais alta desde 2010.

Para compreender isso, é preciso considerar os custos operacionais das companhias aéreas. Por exemplo, o Airbus A320neo da Azul Linhas Aéreas, com capacidade para 165 passageiros, custa US$ 110,6 milhões (R$ 547,90 milhões) direto da fábrica.

Além disso, um voo comercial necessita de pelo menos 25 mil litros de combustível, totalizando cerca de R$ 182 mil. A média por assento é de R$ 900, sem contar os custos de tripulação, manutenção e logística.

Destino nacional x internacional

Um infográfico comparativo de pacotes (passagem + hospedagem) saindo de Curitiba mostra que viajar em alta temporada é mais caro para todos os destinos.

Paris, na França, por exemplo, é o local mais caro, com pacotes custando em média R$ 8.673, excluindo alimentação, passeios turísticos e souvenirs.

Em contraste, Recife, em Pernambuco, é o destino mais barato, com pacotes em média de R$ 2.214, também excluindo gastos variáveis.

Ainda assim, a ideia de que viajar para fora do Brasil é sempre mais caro não é correta. As despesas variam conforme diversos fatores, principalmente o período do ano.

Planejamento é a chave

Por isso, para conseguir conquistar a viagem dos sonhos, é importante se planejar. Evitar períodos de alta temporada pode resultar em economias substanciais, permitindo uma experiência de viagem mais acessível e agradável.

Compreender quando é a alta temporada nos principais destinos turísticos é crucial para economizar. No Brasil, esse momento ocorre durante as férias escolares (dezembro, janeiro e julho), Réveillon, Carnaval e feriados prolongados, como Páscoa e Dia das Crianças.

Já em países do hemisfério norte, como nos EUA, Canadá e nos da Europa, a alta temporada é entre junho e setembro, durante o verão.