Eztec reporta lucro 17,7% maior no 2TRI24

A incorporadora paulistana Eztec (EZTC3) registrou um lucro líquido de R$ 88,6 milhões no segundo trimestre de 2024, marcando um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período de 2023.

O Ebit (lucro antes de juros e impostos) cresceu 25,6% na comparação anual, atingindo R$ 731 milhões. Já a receita líquida saltou 71,4%, alcançando R$ 415,9 milhões, impulsionada pelo aumento das vendas, especialmente de imóveis prontos.

No entanto, a margem bruta caiu 1,5 pontos percentuais, para 30,9%, e a margem líquida reduziu 9,7 pontos percentuais, para 21,3%, refletindo um aumento nas despesas. As despesas operacionais da Eztec cresceram 171%, totalizando R$ 55,2 milhões. O aumento foi mais significativo nas despesas comerciais, que subiram 26,8%, para R$ 37,8 milhões, devido a campanhas de vendas e estandes. As despesas gerais e administrativas também aumentaram em 10%, totalizando R$ 37,9 milhões, devido a um acordo com o sindicato para a participação nos resultados.

Eztec (EZTC3)

A receita da linha de equivalência patrimonial caiu 54,1%, para R$ 22,9 milhões. Por outro lado, o resultado financeiro gerou uma receita de R$ 28,7 milhões, um aumento de 24,5%.

A empresa relatou uma queima de caixa de R$ 38,1 milhões e uma dívida líquida de R$ 122,7 milhões, revertendo a posição de caixa líquido em comparação anual.

Em sua apresentação de resultados, a Eztec destacou a melhora na comercialização de imóveis, que resultou no segundo melhor trimestre de vendas da história da empresa. Esse avanço foi impulsionado pela aceleração das vendas de lançamentos e pelos esforços para comercializar unidades em estoque. A companhia ressaltou que a redução de estoques é uma prioridade para aumentar o retorno sobre os ativos.

O aumento nas vendas de apartamentos prontos e imóveis com obras avançadas, como o residencial Lindenberg Ibirapuera, contribuiu significativamente para o crescimento da receita. Vale lembrar que, no setor de construção, a receita é registrada proporcionalmente ao andamento das obras.

As vendas líquidas aumentaram 21,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 508 milhões. A empresa possui um estoque de R$ 2,5 bilhões, distribuído entre R$ 313 milhões em unidades na planta, R$ 1,5 bilhão em obras e R$ 701 milhões em imóveis prontos.