Ceará e BNDES assinam por reforço no acesso à água

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Ceará firmaram dia 21, na sede do BNDES no Rio de Janeiro, um contrato de R$ 251,6 milhões como parte da iniciativa Sertão Vivo. Essa parceria beneficiará 63 mil famílias de agricultores familiares em 72 municípios cearenses que enfrentam vulnerabilidades sociais, climáticas, hídricas ou alimentares.

A iniciativa Sertão Vivo tem como objetivo melhorar o acesso à água para a produção rural e implementar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima. Essa ação é uma colaboração entre o BNDES e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Organização das Nações Unidas (ONU), voltada para projetos no semiárido nordestino. No total, serão destinados R$ 1,8 bilhão para municípios em todos os estados do Nordeste, beneficiando quase 500 mil famílias, ou aproximadamente 2 milhões de pessoas.

A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou que o Ceará é o primeiro dos nove estados do Nordeste a assinar um contrato sob a iniciativa Sertão Vivo. “São R$ 250 milhões, alcançando 250 mil pessoas no meio rural do Ceará. Um projeto que será referência global, gerando resiliência climática, aumentando a produção de alimentos, combatendo a pobreza e enfrentando a crise climática”, destacou.

BNDES

Os recursos para o projeto incluem uma parte reembolsável (financiamento) e outra não reembolsável. No Ceará, dos R$ 251,6 milhões aprovados pela iniciativa Sertão Vivo, R$ 212 milhões serão fornecidos como financiamento ao estado, enquanto os R$ 39,6 milhões restantes não precisarão ser reembolsados. Segundo o BNDES, os recursos serão utilizados para implementar sistemas de produção adequados ao clima, como quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga, além de construir reservatórios de água para uso agrícola, incluindo cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.

Essas ações estão alinhadas com as diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do Ceará e com seu planejamento de longo prazo, o Ceará 2050, que priorizam a redução da pobreza rural, o acesso à água, a melhoria das condições de vida dos agricultores familiares, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade ambiental.

(Com Agência Brasil).