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Mercado de Trabalho

Mercado de trabalho: quais são as profissões mais estáveis?

Carreiras em matemática oferecem mais estabilidade e salários altos, segundo estudo.

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Profissões Que Dão Dinheiro

Em épocas de instabilidade econômica, a busca por carreiras que proporcionem segurança e bons salários se torna uma prioridade para muitos. Nesse cenário, as profissões ligadas à matemática emergem como verdadeiros faróis de estabilidade.

Um estudo recente, conduzido pelo Itaú Social em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), revela não apenas a relevância dessas ocupações para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas suas características que as tornam resilientes diante das adversidades do mercado.

Mercado de trabalho: carreiras mais estáveis

Com uma contribuição impressionante de 4,6% no PIB nacional, os profissionais da matemática não só garantem uma parte significativa da economia, mas também desfrutam de rendimentos que, em média, são substancialmente mais altos do que em outras áreas.

No terceiro trimestre de 2023, esses especialistas apresentaram um salário médio de R$ 3.520, quase o dobro da média de R$ 1.607 de outras categorias. Essa disparidade salarial é, em grande parte, um reflexo da alta especialização exigida por tais ocupações.

A especialização desempenha um papel crucial na resiliência da carreira matemática. Profissionais bem-educados em suas áreas específicas encontram menos risco de substituição em momentos de crise, visto que as empresas tendem a priorizar a manutenção de talentos que dominam conhecimentos técnicos e habilidades específicas.

Essa estabilidade é reforçada pela concentração predominante dessas profissões nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com uma forte presença em setores como tecnologia da informação, finanças e engenharia.

Quando comparado a outras partes do mundo, o Brasil ainda apresenta uma participação proporcional menor de profissionais da matemática na força de trabalho — somente 7,4% da população participa dessas áreas, enquanto na Europa esse número ultrapassa 10%.

Essa diferença pode ser atribuída a fatores como o investimento em educação, políticas voltadas para a inovação e o desenvolvimento de setores que demandam habilidades matemáticas.

No entanto, a pesquisa também evidenciou desigualdades persistentes em gênero e raça dentro desse campo.

Apesar de as profissões matemáticas serem dominadas por homens (69%) e brancos (66%), é encorajador notar um ligeiro aumento na participação de pessoas negras e pardas, além de um pequeno avanço na representatividade feminina nos últimos anos.

Esses dados ressaltam a importância de continuar promovendo diversidade e inclusão, abrindo espaço para que todos possam tirar partido das oportunidades que essas carreiras oferecem.

A partir desse cenário, torna-se claro que a educação matemática é fundamental. Estimular o interesse por essa disciplina nas escolas desde os anos iniciais pode pavimentar o caminho para uma carreira estável e bem remunerada.

Além da formação de novos talentos, é crucial que haja um esforço para garantir que grupos historicamente sub-representados tenham acesso a essas oportunidades.

O futuro promete ser ainda mais promissor para as profissões ligadas à matemática, impulsionadas pelas inovações tecnológicas e novas demandas do mercado, como a inteligência artificial, análise de dados, cibersegurança e soluções sustentáveis.

À medida que a sociedade busca resolver desafios complexos, a matemática se estabelece como uma ferramenta indispensável.

Assim, se há algo que podemos concluir diante desse panorama é que a matemática não é apenas uma disciplina acadêmica, mas um alicerce para carreiras promissoras e a estabilidade econômica.

Investir em educação matemática e promover a diversidade nessas áreas não é apenas uma questão de justiça social, mas uma estratégia inteligente para o desenvolvimento sustentável da economia.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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