Finanças
Polícia Federal desfaz esquema de grupo que rouba dados do INSS
Investigação desmantela esquema de roubo de dados do INSS em operação com 29 buscas e 17 prisões.
Na última quinta-feira de setembro, a Polícia Federal (PF) deu um duro golpe em uma organização criminosa que vinha agindo clandestinamente para roubar e comercializar dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Denominada Operação Mercado de Dados, a ação resultou em 29 mandados de busca e apreensão, além de 17 ordens de prisão, um reflexo da seriedade e extensão do crime.
Atuação da gangue e métodos utilizados
De acordo com as investigações realizadas pela PF, as táticas empregadas pelos criminosos eram altamente sofisticadas.
O grupo não se limitava a invadir os servidores do INSS; eles utilizavam técnicas avançadas de hacking, exploravam informações vazadas anteriormente de outros sistemas e até adquiriam credenciais compradas de servidores para acessar o banco de dados do INSS de maneira irregular.
As investigações tiveram início em setembro de 2023, quando surgiram indícios de que dados roubados estavam sendo utilizados para ações ilegais, como a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.
Essa prática não apenas coloca em risco a integridade dos dados dos beneficiários do INSS, mas também compromete a segurança financeira de milhares de cidadãos.
Os mandados de prisão foram cumpridos em vários estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.
As detenções revelaram o alcance da ação do grupo, evidenciando que se tratava de uma organização criminosa bem estruturada e com operações em diversas regiões do país.
Entre os detidos, havia indivíduos que já estavam sob monitoramento da PF devido a atividades ilícitas anteriores, que incluíam burlas de métodos de autenticação multifator e manobras para alterar níveis de acesso em credenciais do INSS.
Um dos casos mais preocupantes mencionados foi o uso de certificados digitais de servidores para perpetrar novos golpes, demonstrando uma continuidade preocupante de seus crimes.
Medidas de bloqueio e consequências legais
Além das detenções, a Justiça determinou a apreensão de R$ 34 milhões em recursos financeiros e 24 imóveis atribuídos aos indivíduos envolvidos na organização. Essas medidas são fundamentais para desmantelar a infraestrutura financeira do grupo, dificultando futuras atividades ilícitas.
Os envolvidos terão que responder por uma série de crimes, que incluem organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.
As penalidades para tais delitos podem ser severas, refletindo a gravidade das ações que impactaram diretamente a segurança social dos cidadãos.
A Operação Mercado de Dados destaca a crescente preocupação com a segurança da informação e a proteção de dados pessoais.
Em um mundo cada vez mais digital, onde informações sensíveis são constantemente acessadas e compartilhadas, é essencial que medidas robustas sejam implementadas para proteger o patrimônio informático das instituições.
A ação da Polícia Federal não só abateu um importante esquema de fraudes, mas chamou a atenção da sociedade para a importância da conscientização sobre segurança digital.
A prevenção e o combate a crimes cibernéticos são responsabilidades que devem ser compartilhadas por governos, instituições e cidadãos, a fim de construir uma rede mais segura e confiável.
*Com informações de TecMundo.

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