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Tecnologia

Google enfrenta pressão judicial para vender Android e Google; entenda por quê

Empresa está sob pressão do Departamento de Justiça dos EUA, que propõe medidas drásticas contra seu domínio no mercado.

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Em uma ação sem precedentes, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos aumentou a pressão sobre o Google no mês de novembro. A proposta inclui a venda de dois de seus principais ativos: o navegador Chrome e o sistema operacional Android, visando reduzir o domínio da gigante da tecnologia.

O objetivo do DOJ é desmantelar práticas consideradas anticompetitivas que mantêm a empresa à frente em diversos setores tecnológicos. Com essa abordagem, o foco é fomentar um ambiente de maior competitividade no mercado.

Essa intervenção surge após um julgamento em agosto, no qual o Google foi julgado por práticas de monopólio no setor de motores de busca. Essa decisão judicial, embora contestada pela empresa, abriu caminho para ações mais contundentes.

Propostas do Departamento de Justiça

Para frear comportamentos que, segundo o DOJ, prejudicam a concorrência e impactam negativamente os consumidores, as recomendações são as seguintes:

  • Venda do Chrome e Android para compradores aprovados.
  • Proibição de reentrada no mercado de navegadores por cinco anos.
  • Fim de acordos financeiros com parceiros como a Apple.

Na visão da Justiça norte-americana, o corte em acordos com grandes empresas poderia reduzir a presença dominante do Google em dispositivos.

Impactos e implicações

Especialistas estimam que a venda do Chrome poderia atingir US$ 20 bilhões. O Android, sistema mais usado globalmente, é vital para a estratégia do Google, e sua possível venda colocaria em risco o modelo de negócios baseado em dados e publicidade.

Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios da empresa, destacou os riscos de uma divisão forçada, afirmando que essa medida poderia prejudicar consumidores e desenvolvedores, além de afetar a liderança tecnológica dos EUA.

A possível separação dos ativos do Google poderia revolucionar o cenário tecnológico global, permitindo a entrada de novos concorrentes. No entanto, essa fragmentação poderia trazer custos adicionais para desenvolvedores e consumidores.

O caso se desenrola em um contexto político significativo, com a administração Biden próxima do fim. As ações do DOJ refletem uma postura rígida quanto aos gigantes tecnológicos, mas a chegada de Trump pode mudar o rumo dos acontecimentos.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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