Com a Selic a 12,25%, quanto rendem R$ 1.000 na poupança, no CDB e Tesouro?

O Banco Central do Brasil decidiu aumentar a Selic, a taxa básica de juros do país, em um ponto percentual. A decisão leva o país a encerrar 2024 com a referência em 12,25% ao ano.

Este movimento marca a terceira elevação consecutiva desde setembro, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC retomou o ciclo de alta da Selic.

A decisão do aumento de 1 ponto percentual já era antecipada pelo mercado, diante da percepção de deterioração das contas públicas e das expectativas de inflação.

O último boletim Focus aponta que os agentes econômicos esperam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2025 em 4,59%, acima do teto da meta de inflação do BC.

Com a alta, a expectativa é que a taxa continue subindo ao longo do ano, atingindo 13,5% ao seu término. Essa decisão visa controlar a inflação, mas traz impactos diretos nos investimentos, principalmente em renda fixa.

Quando rendem R$ 1.000 hoje?

Os investidores em renda fixa veem novas oportunidades com o aumento da Selic. Em reportagem da CNN, Michael Viriato, da Casa do Investidor, explicou que CDBs de bancos médios são os mais beneficiados, podendo render até 110% a um investidor que aplicar R$ 1.000.

Em seis meses, o valor aplicado seria de R$ 1.050,47, alcançando R$ 1.308,38 em 30 meses.

Em contrapartida, a poupança se mostra menos atrativa frente aos juros elevados. Um investimento de R$ 1.000 renderia R$ 1.037,64 em seis meses e R$ 1.202,92 ao final de 30 meses.

Veja a tabela comparativa:

Cabe lembrar que a poupança continua livre de Imposto de Renda, em contraste com outros investimentos que sofrem incidência de Imposto de Renda.

Os cálculos mencionados já consideram os rendimentos líquidos, descontando o imposto de renda. Além disso, fatores como taxas de administração também influenciam o resultado dos investimentos.

Fundos DI consideram uma taxa de 0,50%, enquanto o Tesouro Selic utiliza uma de 0,2%.