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Saúde

1ª morte por gripe aviária nos EUA preocupa mais que aumento de HMPV na China

HMPV na China aumenta por inverno, enquanto H5N1 preocupa mais com alta mortalidade e adaptação em humanos.

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Dois vírus chamaram atenção internacional nos primeiros dias de 2025. Na China, o HMPV (Metapneumovírus Humano), associado a infecções respiratórias, tem se disseminado rapidamente. Nos Estados Unidos, o H5N1, conhecido como gripe aviária, registrou a primeira morte de um cidadão americano.

Embora ambos exijam vigilância, os impactos e comportamentos dos vírus são diferentes, e o caso de H5N1 levanta maiores preocupações. As informações são de O Globo.

O que se sabe sobre o HMPV na China?

O HMPV, da família do vírus sincicial respiratório, afeta as vias aéreas superiores, com sintomas como tosse, nariz entupido e, em casos mais graves, infecções pulmonares. Crianças pequenas, idosos e pessoas com imunidade comprometida são as mais vulneráveis.

No entanto, especialistas explicam que o aumento de casos na China está relacionado ao inverno rigoroso, e não a mutações mais agressivas do vírus.

“O que está acontecendo na China, a princípio, não é resultado de mutações. Elas existem, mas não são mais agressivas. O aumento no número de casos está associado ao inverno em um país com bilhões de pessoas”, afirmou Salmo Raskin, geneticista e diretor científico da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, em entrevista ao O Globo.

Segundo a OMS, o cenário do HMPV na China está dentro do previsto, sem sinais de ameaça global.

Por que a gripe aviária preocupa mais?

A gripe aviária recebeu esse nome por ser transmitida inicialmente entre aves, como galinhas e patos. (Foto: Maria Sbytova/Canva Pro)

Diferente do HMPV, o H5N1 apresenta uma taxa de mortalidade alta, estimada em cerca de 50%. Desde 2003, foram registrados 939 casos humanos em 24 países, com 464 mortes confirmadas pela OMS. Nos EUA, a morte recente foi atribuída ao contato com aves selvagens e um rebanho de quintal, reforçando os riscos do vírus em ambientes rurais.

Embora os casos em humanos ainda sejam raros, o H5N1 evolui rapidamente em animais. Ultimamente, surtos em mamíferos, como raposas e ursos, acenderam o alerta para o potencial de adaptação do vírus ao organismo humano. Essa possibilidade de transmissão sustentada entre pessoas seria um fator crítico para uma nova pandemia.

Preparação e incertezas

Pesquisas sobre vacinas contra o H5N1 estão em andamento nos EUA e na Europa, e o Instituto Butantan já deu início ao desenvolvimento de um imunizante adaptado ao vírus. Apesar disso, a ciência ainda tenta compreender como ele se comportará caso surja uma transmissão entre humanos.

Enquanto o HMPV segue como uma ameaça regional e previsível, o H5N1 carrega o potencial de provocar uma emergência global, tornando essencial a vigilância internacional.

*Com informações de O Globo.

Estudante de jornalismo, no segundo semestre. Trabalhei como redator na Velvet durante três anos.

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