Não é só a cannabis: conheça 4 plantas que são PROIBIDAS no Brasil

Desde 1998, a Portaria nº 344 da Anvisa regula o cultivo de plantas que podem dar origem a substâncias entorpecentes. A legislação proíbe atividades como importação, exportação e manipulação dessas espécies, garantindo um controle rigoroso.

Embora a legislação permita a importação de produtos derivados da cannabis, uma dessas plantas, para fins medicinais, o cultivo da planta permanece proibido.

Discutido no Congresso, o Projeto de Lei 399/15 aborda possíveis mudanças nesse cenário. Simultaneamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa a inconstitucionalidade de certas disposições da Lei de Drogas de 2006.

Além da cannabis, a lista da Anvisa inclui outras seis plantas e um fungo cujo cultivo é vetado. Conheça cada uma delas, suas origens e os riscos associados ao seu uso inadequado.

4 plantas que são proibidas no Brasil

A Cannabis sativa é uma das plantas proibidas no Brasil – Imagem: Shutterstock/reprodução

1. Cannabis sativa: a mais conhecida da lista

A Cannabis sativa, amplamente conhecida, lidera a lista de substâncias ilícitas consumidas no Brasil e no mundo. O cultivo, mesmo em pequenas quantidades, é crime. Discussões legislativas e judiciais, no entanto, podem mudar essa realidade.

2. Trombeteira: beleza e perigo

Comumente encontrada na América do Sul, a Datura suaveolens, ou trombeteira, é conhecida por suas flores pendentes.

Apesar de atraente, a planta possui compostos alcaloides tóxicos, como atropina, causando efeitos graves à saúde.

3. A coca e suas implicações

Nativa do Peru e da Bolívia, a Erythroxylum coca fornece a matéria-prima para a cocaína. No Brasil, seu cultivo é ilegal devido ao potencial viciante das substâncias derivadas, que figuram entre as mais consumidas globalmente.

4. Papoula: entre o alívio e o risco

Papaver somniferum, ou papoula, produz ópio a partir de seu látex. Os opioides extraídos, como morfina e codeína, são utilizados na medicina, mas seu abuso é problemático. As sementes podem ser importadas, porém não germinam.

O Brasil adota uma postura cautelosa em relação ao cultivo de plantas que podem gerar substâncias entorpecentes.

Com a cannabis no centro de debates legais e sociais, novas abordagens podem surgir. A vigilância contínua é essencial para equilibrar usos médicos e recreativos com a segurança pública.