Finanças
Saiba como evitar preços mais altos nas compras on-line
Algoritmos ajustam valores de passagens, hotéis e produtos com base no seu histórico. Saiba como não pagar mais por conta disso.
Você já notou que o preço de uma passagem, hotel ou até mesmo de um produto subiu após você revisitar o site? Pois saiba: não é coincidência, nem sua imaginação. Isso tem nome — precificação dinâmica — e vem sendo usada com cada vez mais frequência por sites de viagem, aplicativos de transporte, lojas online e serviços de entretenimento.
A lógica por trás disso é simples, embora pouco transparente: algoritmos identificam padrões no seu comportamento digital e ajustam os valores com base em quanto você estaria disposto a pagar. Ou seja, quanto mais interesse você demonstrar, maior a chance de o sistema aumentar o preço em sua próxima visita.
Preço muda porque o site sabe que você quer comprar

Esses sistemas analisam dados como localização, histórico de navegação, número de acessos à mesma página e até o tipo de dispositivo que você está usando. Se o algoritmo perceber que você voltou várias vezes, ele interpreta isso como sinal de interesse real — e, portanto, pode reajustar o valor para cima.
Por trás desse mecanismo está o uso dos cookies, pequenos arquivos que “lembram” quem você é sempre que entra em um site. Eles registram suas buscas, preferências e padrões de navegação, permitindo que o sistema personalize não só anúncios, mas também os preços exibidos para você.
Embora a prática ainda seja pouco discutida, ela está longe de ser rara. Plataformas como companhias aéreas, serviços de transporte por aplicativo, hotéis, e-commerces e até sites de venda de ingressos usam precificação dinâmica com base em algoritmos sofisticados — e, muitas vezes, sem aviso ao consumidor.
Como contornar reajustes silenciosos?
A boa notícia é que existem maneiras de driblar o sistema — e elas são mais simples do que parecem. Limpar os cookies e navegar no modo anônimo são duas estratégias eficazes para impedir que o site reconheça seu histórico e, com isso, ofereça preços inflacionados.
Além disso, usar outro navegador ou dispositivo, trocar de rede Wi-Fi ou até simular uma localização diferente (com o uso de VPN, por exemplo) pode ajudar a visualizar valores diferentes. Comparar preços em horários distintos do dia também é útil, já que alguns algoritmos levam em conta o fluxo de acesso para ajustar os valores.
Por outro lado, vale ficar atento aos gatilhos de urgência, como contagens regressivas ou alertas de “última unidade disponível”. Em muitos casos, essas mensagens fazem parte da mesma estratégia de pressão sobre o consumidor.
Mais formas de economizar em compras on-line
A precificação dinâmica não é a única razão para ficar atento antes de clicar em “comprar”. Outras boas práticas incluem o uso de comparadores de preços, alertas automáticos em buscadores especializados, cupons promocionais e a observação de datas estratégicas, como viradas de mês ou grandes eventos comerciais.
Além disso, desconfiar de preços que mudam rápido demais é um bom primeiro passo. Ter consciência do funcionamento por trás das plataformas digitais ajuda a evitar decisões impulsivas — e a manter o controle sobre o que você realmente quer e pode pagar.
Entender a precificação dinâmica é mais do que uma questão técnica: é uma forma de se proteger como consumidor em um ambiente cada vez mais moldado por dados e algoritmos. Afinal, quando o sistema aprende com você, o ideal é que você também aprenda a jogar com ele.

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